Alexandre Silveira assume Minas Energia e promete “justiça socioambiental”
O ministro também tratou temas como preço dos combustíveis e ampliação da distribuição de energia elétrica
Por Plox
02/01/2023 19h42 - Atualizado há quase 2 anos
O ex-senador por Minas Gerais, Alexandre Silveira (PSD) tomou posse como novo ministro de Minas e Energia no final da tarde desta segunda-feira (2). Silveira realizou um discurso de quase 20 minutos e iniciou ele agradecendo a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já no início de sua fala, ele classificou sua nova função como "incomparável privilégio e imensa responsabilidade". E deu atender quais são suas prioridades na gestão da pasta.
O mineiro também relembrou os desastres ambientais que aconteceram em Minas e disse que não esquecerá de Mariana e Brumadinho. Silveira garantiu que irá “investir recursos e esforços na fiscalização ferrenha de segurança de barragens”, com o intuito de impedir que novos rompimentos de barragens voltem a ocorrer.
O novo ministro também garantiu que haverá “repressão de atividades ilegais” e prometeu tecnologia na fiscalização e destinação sustentável dos rejeitos das barragens.
Ele disse que as ações de sua pasta terá como foco a “justiça socioambiental”, com objetivo de reduzir as desigualdades e promover a “redução dos impactos sobre as comunidades afetadas e inclusão das pessoas nos resultados positivos desses projetos”, afirmou.
Energia elétrica
O ex-parlamentar defendeu a universalização do acesso à energia e disse que irá ampliar o programa criado por Lula em 2003. "Vamos trabalhar para ampliar o programa Luz para Todos". Ele também garantiu que irá trabalhar para que as tarifas sejam reduzidas de "forma ampla, estrutural e duradoura".
Silveira anunciou que vai criar a secretaria nacional de transição energética, dedicada ao desenvolvimento e ao fomento de políticas públicas de energia limpa.
Preço dos combustíveis
Outro ponto destacado por Silveira foi a questão dos combustíveis. O ministro defendeu a necessidade de preservar o consumidor da volatilidade do preço no mercado internacional.
"Precisamos implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade do preço dos combustíveis", afirmou.
Hoje, a política de preço dos combustíveis da Petrobras leva em consideração a variação do dólar e a cotação do barril do petróleo no mercado internacional, medidas implementadas durante a gestão de Michel Temer e que é alvo constantes de críticas de integrantes do governo Lula.
A Petrobras é vinculada à pasta e Alexandre Silveira irá trabalhar em conjunto com o novo presidente da estatal, Jean Paul Terra Prates, para que o país aumente e modernize o seu parque de refino no país de forma a se tornar menos dependente da importação dos combustíveis.
As empresas estatais Petróleo S.A. (PPSA) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE) também são vinculadas ao ministério de Minas e Energia.