Bancos preveem Selic em 15% até junho e dólar chegando a R$ 6

Especialistas alertam para impactos econômicos, incluindo aumento da inadimplência e pressão sobre a inflação

Por Plox

02/01/2025 08h36 - Atualizado há cerca de 1 mês

O mercado financeiro está ajustando suas expectativas para os próximos meses diante do cenário de incertezas econômicas. Projeções de bancos apontam que a taxa básica de juros, a Selic, deve alcançar 15% até junho, enquanto o dólar pode atingir o patamar de R$ 6. Essas estimativas indicam um ambiente de maior pressão sobre a economia, com efeitos diretos sobre o consumo e o crédito no país.

Alta na Selic e impacto no consumo
Com a projeção de elevação da Selic para 15%, especialistas avaliam que o crédito ficará mais caro, reduzindo o acesso das famílias ao financiamento e freando o consumo. A estratégia de alta nos juros, frequentemente utilizada para controlar a inflação, pode gerar um impacto significativo em setores como o imobiliário e o automotivo, que dependem de financiamentos de longo prazo.

Dólar a R$ 6: efeitos na inflação e importações
A desvalorização do real frente ao dólar, que pode atingir R$ 6, também traz preocupações. Esse movimento deve encarecer produtos importados, como combustíveis e eletrônicos, alimentando a inflação. Além disso, o aumento no custo das importações pode afetar negativamente as empresas que dependem de insumos estrangeiros, pressionando ainda mais o setor produtivo.

Inadimplência em alta preocupa bancos
Outro ponto de atenção no cenário econômico é a crescente inadimplência. Com juros elevados e inflação pressionando o orçamento das famílias, espera-se um aumento nos atrasos de pagamentos, principalmente em dívidas de cartão de crédito e financiamentos. Segundo analistas, esse quadro pode comprometer a saúde financeira de instituições financeiras e empresas.

Expectativa do mercado e próximos passos
A combinação de alta nos juros, dólar valorizado e inadimplência crescente reflete as dificuldades que o Brasil enfrenta para equilibrar a política monetária e fiscal. O mercado seguirá atento às decisões do Banco Central e aos desdobramentos no cenário político e econômico, fatores determinantes para o rumo da economia nos próximos meses.

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