Idosos adotam cadela que chorou três semanas pelo dono no hospital

Em um gesto de amor e compaixão, Marlene de Carvalho, 64 anos, e José de Carvalho, 73, residentes do Litoral Sul de São Paulo, abriram seu lar para uma nova integrante: Upa, uma cadela que ganhou notoriedade ao permanecer por três semanas na entrada de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Itanhaém, aguardando inutilmente o retorno de seu tutor, um morador em situação de rua que veio a falecer após ser atendido na unidade.

A história de Upa comoveu os funcionários do hospital e os cidadãos da região, que se mobilizaram para cuidar dela durante seu período de vigília. Inspirados pelo ato de fidelidade do animal, Marlene e José, que haviam recentemente perdido seu companheiro canino de duas décadas, decidiram adotar a cadela, proporcionando-lhe um novo começo.

A conexão do casal com Upa surgiu durante as frequentes visitas à UPA para o tratamento de um acidente doméstico de José. Ao perceberem que a cadela estava sendo preparada para ser levada pelo Departamento de Bem-Estar Animal da prefeitura, não hesitaram em transformar a solidariedade em ação, incorporando Upa à sua família, que também inclui algumas calopsitas.

A adaptação de Upa ao seu novo lar teve seus desafios, especialmente no que diz respeito à dieta e ao padrão de atividade noturna, reflexos possíveis de sua vida pregressa nas ruas ao lado de seu antigo tutor. Contudo, a alegria e contentamento que agora preenchem a residência dos Carvalho são testemunhos do impacto positivo da adoção, tanto para Upa quanto para seus novos tutores.

Este ato de bondade não somente trouxe um novo sentido à vida de Upa, mas também destacou a importância da compaixão e do suporte comunitário em face da perda e do luto, demonstrando que, mesmo nas circunstâncias mais tristes, há espaço para novos começos e felicidade compartilhada.