PLOX em Brasília: país vive segunda onda da pandemia; DF entra em lockdown

Em 28 dias, o Brasil registrou 30.484 óbitos. Em janeiro, o número de mortes foi de 29.558

Por Plox

01/03/2021 21h51 - Atualizado há cerca de 3 anos

Os dados do mês de fevereiro sobre a pandemia de COVID no Brasil confirmam que o Brasil vive a segunda onda. Em número de mortes, o mês de fevereiro só perdeu para o mês de julho do ano passado. Em 28 dias, o Brasil registrou 30.484 óbitos. Em janeiro, o número de mortes foi de 29.558. 
Em 2020, logo após o mês de julho, que foi o maior número de mortos, a mortalidade da doença começou a declinar e foi assim até o mês de novembro último. 


Já em dezembro, o número de mortes voltou a subir, depois subiu mais ainda em janeiro e agora, mais ainda em fevereiro, que já é o segundo mês em número de mortes durante toda a pandemia. 
Em Minas Gerais e Rondônia houve o maior acréscimo percentual em casos de óbitos no país. O colapso registrado no sistema de saúde em Manaus, no Amazonas, agora já atinge várias partes do Brasil. Várias cidades decretaram ou estão em vias de decretar lockdown .
É neste cenário que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que reúne secretários de saúde dos estados da federação, está orientando para que se faça um toque de recolher em todo Brasil, inclusive com fechamento de escolas, bares, praias e igrejas.  
E as questões que envolvem o fechamento das cidades geram muitas polêmicas. No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha assinou um decreto que começou a valer agora, nesse último domingo. 
Imediatamente começaram-se os protestos. Nesta segunda-feira, um grupo muito grande de pessoas se reuniu em frente ao Palácio do Buriti, sede do governador, eles protestaram contra essas medidas restritivas e contra o fechamento de atividades. Os manifestantes estavam com faixas e cartazes nos quais alegam que o comércio não vai resistir a mais um fechamento. 
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal declarou ser contra esse Lockdown decretado por Ibaneis Rocha. A entidade enviou ofício ao governador, no qual afirma que é totalmente contra o Lockdown como medida de controle de transmissão. 
A entidade também reafirma que o Lockdown já se mostrou ineficaz e que “atenta contra os direitos fundamentais da carta magna''.
Os médicos representados pelo CRM do Distrito Federal ainda destacam que a restrição da liberdade ao cidadão causa um grande aumento nos transtornos mentais e também torna ainda mais graves os casos de doenças crônicas. 
Ainda sobre alguns acontecimentos de Brasília acerca da pandemia, a OAB do Distrito Federal ameaça ir à Justiça para obrigar que o governo do Distrito Federal compre as vacinas contra a COVID-19. 
Os conselheiros da entidade já decidiram que a OAB de Brasília deve ajuizar uma ação civil pública com objetivo de obrigar o governador a adquirir as vacinas. 
O presidente da OAB aqui no Distrito Federal, o advogado Délio Lins e Silva Júnior disse que vai tentar ainda resolver a questão com o diálogo. A OAB também enviou uma carta ao governador na qual pede explicações sobre o fechamento das atividades econômicas e quer saber também o motivo de algumas exceções, como o caso das igrejas e dos templos religiosos.
Ainda há a informação de que o governador Ibaneis Rocha declarou que nem sequer leu o ofício enviado pela OAB. Ele teria dito que se trata de uma iniciativa de adversários políticos. Cabe lembrar que o governador do Distrito Federal é ex-presidente desta entidade, da OAB aqui do Distrito Federal, e que ele apoiou o grupo de oposição ao atual presidente, que enviou esse ofício.
 

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