Aumento de aprovações no Encceja entre presos em Bauru

O número de presos aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) cresceu na região de Bauru (SP), registrando um aumento de quase 3% em 2024 na comparação com o ano anterior. O exame, realizado dentro das unidades prisionais, possibilita que os reclusos obtenham certificados de Ensino Fundamental ou Médio.

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Em todo o estado de São Paulo, os resultados também indicaram avanço na educação prisional. O aumento de aprovações foi de 3,78%, totalizando 7.451 presos aprovados em 170 presídios paulistas. Para conquistar a certificação, os candidatos precisam atingir ao menos 100 pontos nas provas objetivas e 5 na redação.

O Encceja para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) é promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A prova acontece em salas de aula dentro dos próprios presídios, permitindo que os detentos tenham acesso à educação e possam progredir em seus estudos.

Os participantes que não alcançam a pontuação mínima recebem uma declaração parcial de proficiência, podendo refazer o exame no ano seguinte para complementar sua formação.

O impacto da iniciativa é sentido diretamente pelos detentos. Um dos aprovados, entusiasmado com a oportunidade, destacou que o exame representa um passo fundamental em sua trajetória: "Essa prova foi muito importante para mim. Graças a ela, eu vou poder continuar estudando e levar adiante a minha vida, com mais conhecimento, até chegar ao Enem", afirmou.

Outro reeducando também celebrou a conquista: "Ser aprovado é motivo de muita alegria e satisfação. Vivo uma grande expectativa agora, depois de ter concluído o Ensino Médio. Meu objetivo é me formar em serviço social, e me sinto feliz diante da perspectiva de mudança de vida que o estudo poderá me proporcionar."

O incentivo à educação dentro do sistema prisional tem se mostrado uma ferramenta importante na ressocialização dos detentos, permitindo que eles ampliem suas perspectivas e construam um futuro mais promissor.