"Lifting de vampiro" pode ter contaminado duas pessoas nos Estados Unidos

O Departamento de Saúde do Novo México divulgou um comunicado apontando que duas pessoas teriam sido contaminadas pelo HIV

Por Plox

02/05/2019 10h49 - Atualizado há cerca de 5 anos

O procedimento estético mundialmente conhecido como ‘lifting de vampiro’ está no centro das discussões, depois que foi divulgada a suspeita de que duas pessoas podem ter contraído o vírus HIV ao passarem pelo método. O procedimento foi realizado em um Spa no estado do Novo México, Estados Unidos.

Kim Kardashian é uma das celebridades que já utilizou a técnica Twitter/Kim Kardashian

 A técnica ficou mundialmente conhecida a partir de Kim Kardashian- Foto: Twitter/Kim Kardashian

A técnica ficou famosa depois que Kim Kardashian postou no Twitter uma imagem sua passando pelo procedimento, com a finalidade de deixar a pele com aspecto mais jovem.

Os dois casos suspeitos se tornaram públicos depois que o Departamento de Saúde do Novo México (NMDOH) divulgou um comunicado apontando que duas pessoas teriam sido contaminadas pelo HIV após testes laboratoriais, ressaltando a ligação entre a doença e a técnica feita no Spa.

O NMDOH está custeando os exames de todos os clientes que fizeram o lifting entre maio e setembro de 2018 no espaço, que acabou sendo interditado em setembro do ano passado pelas autoridades.

O órgão informou que no local, o método não era realizado visando a segurança em relação à saúde dos frequentadores, com materiais individualizados. Para realizar esse procedimento, é necessário que os responsáveis utilizem em cada paciente equipamentos esterilizados e material descartável.

Proibido no Brasil

No Brasil, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) não recomenda a técnica, já que ela não é liberada no país, por faltarem provas científicas que a autorizem. O diretor da ABHH, Dante Langhi Jr, alerta: “Esse não é um procedimento médico padrão, pois tem sido feito de forma experimental. Faltam evidências científicas que comprovem seus resultados”, afirma.

O procedimento

O procedimento funciona resumidamente da seguinte forma: um tubinho de sangue da própria paciente é retirado, levado a uma máquina especial para separar as plaquetas. Depois elas são misturadas com ácido hialurônico.  Essa substância é injetada nas áreas do rosto atingidas por rugas, linhas de expressão e até marcas de acne.

Atualizada às 15h03

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