Pesquisa Gerp aponta empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Lula na corrida de 2026
Levantamento nacional com 2 mil entrevistados indica Flávio Bolsonaro com 42% e Lula com 41% em simulação de segundo turno, dentro da margem de erro
A circulação de doenças respiratórias voltou a pressionar o sistema de saúde de Minas Gerais neste início de outono, com a Covid-19 desempenhando um papel central nesse cenário preocupante. Somente em 2025, a infecção já foi responsável por 98 mortes no estado, o que equivale a uma morte a cada 29 horas, conforme dados divulgados pela Vigilância Epidemiológica Estadual.
Foto: Agência Brasil Belo Horizonte, Contagem e Betim estão entre as cidades que decretaram situação de emergência devido ao avanço dessas infecções. A Covid-19, junto à influenza e ao vírus sincicial respiratório (VSR), tem levado a um aumento expressivo nos atendimentos e internações tanto na rede pública quanto privada de saúde.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), mais de 13,6 mil casos de Covid-19 foram confirmados em Minas até o dia 28 de abril. A média atual é de quase 120 diagnósticos diários. Apesar da disponibilidade das vacinas nos postos de saúde, a adesão da população segue baixa: apenas 43,98% completaram o esquema com as doses monovalentes, enquanto apenas 19,27% receberam o reforço da vacina bivalente. Isso significa que dois terços dos mineiros não estão com a imunização completa.
Os idosos lideram a demanda por internações, conforme dados da Unimed-BH, que apontam um aumento de 65% nos atendimentos de urgência e 32% nas internações entre pessoas com 60 anos ou mais nas duas últimas semanas de abril.
Para o médico infectologista Leandro Curi, mesmo quem não integra os grupos prioritários deve manter a imunização em dia. Segundo ele, pessoas não vacinadas acabam se tornando vetores de transmissão, colocando em risco justamente os mais vulneráveis. Ele também alerta para a possível subnotificação da Covid-19, já que os sintomas se confundem com os de resfriados comuns e muitos não chegam a realizar testes.
Com a chegada do outono-inverno, o cenário tende a se agravar. A Defesa Civil de Belo Horizonte já emitiu alerta para queda acentuada das temperaturas, o que favorece a propagação de vírus respiratórios. A cidade já registrou temperaturas mínimas em torno de 13 °C e, segundo Tupinambás, os próximos meses devem ser marcados por um crescimento contínuo dos casos.
A vacinação contra a Covid-19 segue recomendada de forma periódica para idosos, gestantes, crianças entre 6 meses e 5 anos e imunocomprometidos. Esses grupos devem manter os reforços atualizados, conforme o calendário do Ministério da Saúde. Pessoas fora dos grupos prioritários podem completar o esquema vacinal caso ainda não o tenham feito.
Confira as principais orientações para prevenção de doenças respiratórias neste período:
– Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%.
– Evitar tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca.
– Uso de máscaras em ambientes fechados e ao apresentar sintomas.
– Ventilação adequada dos ambientes.
– Evitar aglomerações e contato com pessoas doentes.
– Manter o calendário vacinal em dia, especialmente contra gripe e Covid-19.
– Seguir etiqueta respiratória: cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, com antebraço ou lenço descartável.
– Desinfetar superfícies de contato frequente, como celulares e maçanetas.
Diante do aumento nos casos e da baixa imunização da população, autoridades em saúde reforçam a importância da vacinação e dos cuidados básicos como forma de conter a disseminação do vírus e evitar novas mortes no estado.