Golpe do INSS: saiba como identificar descontos indevidos e reaver valores

Descontos não autorizados atingem aposentados em todo o país; vítima em BH teve quase R$ 300 retirados de forma indevida

Por Plox

02/05/2025 08h13 - Atualizado há 1 dia

Descontos indevidos em aposentadorias e pensões têm alarmado beneficiários do INSS em todo o Brasil. A situação ganhou notoriedade após o caso de Maria Cristina de Oliveira, de 58 anos, moradora de Belo Horizonte, que descobriu que valores estavam sendo subtraídos mensalmente de seus benefícios.


Imagem Foto: Agência Brasil


Ao consultar o extrato no aplicativo 'Meu INSS', após a filha deixar de receber pensão por ter completado 21 anos, Maria Cristina notou três cobranças estranhas. Os descontos, somando quase R$300, estavam sendo enviados à ABSP, entidade que ela desconhecia. Após buscar esclarecimentos, a pensionista identificou que a cobrança era feita por uma associação de aposentados do Ceará, que havia mudado o nome para AATEM. Com esforço, ela conseguiu recuperar R$292.


O alívio, porém, foi temporário. Poucos meses depois, em setembro de 2024, outro desconto apareceu, desta vez no valor de R$79,90, direcionado à Aspesir, uma associação de aposentados com sede no Rio Grande do Sul. Indignada, Maria Cristina expressou sua frustração com a persistência dos golpes:
'Estou completamente indignada com isso. Quantas pessoas estão sendo enganadas sem saber?'


A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação civil pública contra essas entidades, solicitando o bloqueio de mais de R$ 66,4 milhões, com o objetivo de conter os prejuízos financeiros causados a milhares de aposentados.


Para saber se foi vítima, o INSS orienta que o segurado solicite um extrato detalhado dos últimos meses. Segundo a advogada Isabela Damaceno, especializada em Direito Público, o primeiro passo é buscar o cancelamento imediato: 'Existe uma aba específica para cessar esse tipo de desconto no próprio sistema do INSS'.



Os canais confiáveis para denúncia e solicitação de cancelamento são o site ou aplicativo “Meu INSS”, o telefone 135, o e-mail [email protected] ou ainda o atendimento presencial nas agências do INSS. É fundamental evitar intermediários e utilizar apenas os meios oficiais para garantir segurança na recuperação dos valores.



O caso de Maria Cristina serve de alerta para aposentados e pensionistas de todo o país sobre a importância de acompanhar de perto seus extratos e agir rapidamente diante de qualquer irregularidade. A orientação é que todos façam uma revisão periódica dos descontos nos benefícios para evitar surpresas desagradáveis.


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