Ipatinga recebe espetáculo “Aquela Que Eu (Não) Fui” nesta sexta-feira

Grupo mineiro leva ao palco o trabalho 'Aquela que eu (não) fui', que discute mudanças e emoções em uma narrativa poética

Por Plox

02/05/2025 14h19 - Atualizado há 1 dia

A Cia. Luna Lunera retorna ao Vale do Aço trazendo sua nova criação cênica, o espetáculo 'Aquela que eu (não) fui', que será apresentado em sessão única no Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga, nesta sexta-feira, 2 de maio, às 20h. A peça lança um olhar poético e reflexivo sobre um recorrente estado de insatisfação que costuma nos acometer e sobre as possibilidades de se acolher o que se sente. Na sua passagem pelo Vale do Aço, o grupo mineiro oferece também a oficina gratuita “Atuação Criadora - processo Aquela que eu (não) fui”, às cidades de Coronel Fabriciano e Timóteo. O Plox recebe no estúdio os atores Joyce Athiê e Marcelo Soul para um bate-papo ao vivo. Acompanhe.



Com dramaturgia assinada pelo carioca Diogo Liberano, o trabalho se desenvolve a partir de quatro capítulos, cada um conduzido por uma direção diferente: Vinícius Arneiro (RJ), Marina Arthuzzi, Lucas Fabrício e Isabela Paes, todos de Belo Horizonte, sendo esta última também integrante da Cia. Luna Lunera. Em cada trecho, diferentes personagens enfrentam rupturas e transformações, revelando, assim, um emaranhado de narrativas que transitam entre mudanças pessoais e coletivas.

Imagem Foto: Tamás Bodolay


A montagem conta com a assistência geral de direção de Zé Walter Albinati e as atuações de Cláudio Dias, Marcelo Soul, Joyce Athiê e Renata Paz. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pela plataforma Sympla, com valores de R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia). A classificação indicativa é de 14 anos.

Além da apresentação em Ipatinga, a Companhia também compartilha seu processo criativo por meio da oficina gratuita 'Atuação Criadora - processo Aquela que eu (não) fui', que ocorrerá no sábado, 3 de maio, às 9h. Em Coronel Fabriciano, o encontro será conduzido por Marcelo Soul na Unileste, enquanto em Timóteo será ministrado por Cláudio Dias no DaMa Espaço Cultural. As inscrições são feitas pelo Instagram oficial da companhia (@cia.lunalunera.oficial).

O espetáculo propõe uma reflexão sobre o sentimento constante de insatisfação e como ele pode ser acolhido. Não há uma linearidade rígida nas trajetórias das personagens, mas sim transformações oriundas de decisões ou acontecimentos.
'Abordamos a forma como lidamos com mudanças, com aquilo que provoca algum tipo de movimento interno', pontua Joyce Athiê

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O processo criativo envolveu diversas experimentações e novas parcerias, entre elas a entrada da atriz Renata Paz, conhecida por sua trajetória no teatro negro belo-horizontino. Sua presença, ao lado de Joyce, contribuiu para o fortalecimento das cenas. 'Sempre admirei o trabalho da Luna Lunera. Ter sido acolhida nesse processo por Marcelo Soul e o grupo foi algo muito especial', revela Renata.

Imagem Foto: Tamás Bodolay

Diferente da tradição colaborativa da Cia., nesta montagem o grupo optou por trabalhar com um texto previamente elaborado, mas entregue aos poucos, capítulo por capítulo. Essa abordagem garantiu uma diversidade de linguagens, ritmos e dispositivos cênicos. A escolha por múltiplas direções permitiu que cada trecho mantivesse sua identidade estética, o que, segundo Marcelo Soul, gerou o desafio de criar uma obra polifônica, mas com discurso coeso.

Zé Walter Albinati destaca que o projeto teve como conceito central a valorização da autonomia criativa de cada diretor. Isso refletiu também nas soluções para cenário, figurino e iluminação. A produção local fica a cargo da Ideia de Teatro, com apoio do Unileste e do DaMa Espaço Cultural.

'Aquela que eu (não) fui' é mais do que uma peça teatral. É o resultado de uma pesquisa contínua sobre formas de composição e atuação, dialogando com o presente e suas complexidades. A iniciativa conta com apoio da Lei Paulo Gustavo, Governo de Minas e Ministério da Cultura/Governo Federal.

Imagem Foto: Tamás Bodolay


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