Professora é afastada após obrigar aluno a ingerir molho de pimenta como punição

Adolescente de 14 anos passou mal após a suposta punição; caso é investigado pela Polícia Civil no Ceará

Por Plox

02/05/2025 08h26 - Atualizado há 1 dia

Um episódio grave envolvendo uma professora e um aluno de 14 anos está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará. O caso aconteceu no município de Fortim, onde o adolescente foi supostamente forçado a ingerir uma colher e meia de molho de pimenta como forma de punição dentro da sala de aula.


Imagem Foto: Reprodução


A mãe do aluno relatou que tudo começou no dia 24 de março, quando o filho teria arremessado uma bolinha de papel para um colega, que não conseguiu pegá-la. A situação gerou uma advertência dentro da dinâmica das regras de convivência da escola. Inicialmente, uma aluna sugeriu que ele fosse obrigado a lamber o chão. No entanto, segundo o relato, a professora decidiu impor uma punição alternativa e deu ao aluno duas opções: ingerir alho ou molho de pimenta. O estudante escolheu a pimenta, acreditando que a quantidade seria mínima, mas foi surpreendido com uma colher de sopa.


Mesmo após tentar explicar que o ocorrido foi um acidente, a professora manteve a punição.
\"Ela pegou o molho da bolsa e o fez tomar uma colher cheia, depois mais meia colher quando ele falou um palavrão\", contou a mãe do menino

.


A ingestão causou reações físicas imediatas: olhos vermelhos, náuseas e febre. O adolescente chegou em casa passando mal, o que levou a família a denunciar o caso às autoridades. Segundo a mãe, ele precisou ir ao banheiro às pressas, com forte enjoo.


A escola confirmou que há regras de convivência entre os estudantes, mas negou que qualquer forma de punição física ou alimentar esteja prevista ou seja incentivada. Em nota, informou que reforçará a supervisão do planejamento pedagógico e que a gestão escolar não é legalmente obrigada a estar presente em todas as atividades de aula.



A Secretaria Municipal de Educação de Fortim emitiu comunicado afirmando que, após apuração interna, desligou a professora do quadro funcional. A medida, segundo a pasta, segue os princípios de legalidade, moralidade e proteção integral da criança e do adolescente. O órgão também destacou que os alunos da turma envolvida estão sendo acompanhados por uma psicóloga.



O caso gerou forte repercussão local e nacional, levantando debates sobre os limites da autoridade pedagógica e a importância da proteção psicológica e física dos alunos no ambiente escolar. A Polícia Civil segue com as investigações para apurar responsabilidades e eventuais crimes cometidos.


Destaques