Acusado de participação em manipulação de resultados, Eduardo Bauermann é suspenso por 12 jogos

Segundo a relatora da sentença, o atleta confessou ter participado e, o que pesou foi ele não ter cumprido o acordo com os apostadores

Por Plox

02/06/2023 08h05 - Atualizado há cerca de 1 ano

Nesta quinta-feira (1), o zagueiro Eduardo Bauermann foi condenado a uma suspensão de 12 jogos, por sua participação em um escândalo de manipulação de resultados de partidas para beneficiar apostadores esportivos. A pena fo relativamente branda, pos havia risco de expulsão do esporte e multa de até R$ 100 mil.

Bauermann foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás, acusado acusado de violar os artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que podem resultar em banimento do esporte e multas entre R$ 100 e R$ 100.000. Ele atuava pelo Santos na época.

Bauermann em atuação pelo Santos. Foto: Ivan Storti/ Santos/ Divulgação

 

Durante o julgamento, a relatora Adriene Silveira Hassen alterou a acusação contra Bauermann para uma violação do artigo 258, que trata de atitude antiética, e cuja punição máxima é de seis jogos de suspensão por jogo manipulado.

Bauermann estava sendo acusado por participar do esquema em duas partidas, o que resultou na sua punição total de 12 jogos de suspensão. As duas partidas em questão foram Santos x Avaí, realizada em 5 de novembro de 2022, onde Bauermann foi pago adiantadamente com R$ 50.000 para receber um cartão amarelo, e Botafogo x Santos, em 10 de novembro do mesmo ano.

Porém, nas duas partidas, Bauermann não teria cumprido o combinado com os apostadores. No jogo contra o Avaí, ele deveria tomar um cartão amarelo, porém, ao contrário do combinado com os apostadores, ele não sofreu a punição e, pelo contrário do que se esperava, não fez nenhuma falta e foi eleito o melhor em campo.

Já na partida contra o Botafogo teria sido uma “segunda oportunidade”, já que o atleta não havia cumprido o combinado com os apostadores no jogo contra o Avaí, Mas o zagueiro não cumpriu o combinado em nenhum dos jogos.

Bauermann durante julgamento. Foto: reprodução/ Twitter/ Gabriel Rodrigues/ Superesportes

 

Ainda segundo a relatora, pesou na decisão o fato de Bauermann ter admitido seu envolvimento no esquema e ter demonstrado remorso, além de não ter cumprido totalmente com o que havia sido acordado com os apostadores, o atleta também fez um gesto de reparação, devolvendo o dinheiro que havia recebido dos apostadores.

A defesa de Bauermann, conduzida pelo advogado Rogério Pastl, argumentou que o zagueiro foi levado a participar do esquema por seu empresário, Luiz Taveira, e não conseguiu recusar a proposta. Pastl destacou o fato de Bauermann não ter cumprido o acordo com os manipuladores, especificamente ao não receber o cartão amarelo na partida contra o Avaí, como um sinal de seu arrependimento e resistência ao esquema.

Conforme as informações divulgadas por Luiz taveira, ao jornal Superesportes, ele não influenciou o atleta e nem chegou a levar a proposta para o zagueiro. As partes, defesa de Bauermann e Ministério Público, podem recorrer.
 

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