Estética facial lidera crescimento e movimenta bilhões no setor da beleza
Procedimentos minimamente invasivos e foco na naturalidade impulsionam mercado que deve ultrapassar US$ 17 bilhões até 2032
Por Plox
02/06/2025 16h59 - Atualizado há 3 dias
O mercado global de estética facial vive um de seus melhores momentos em 2025, com números impressionantes que revelam a força dos procedimentos minimamente invasivos como botox, preenchimentos e liplifting. A estimativa é de que o setor, que movimentou US$ 8,93 bilhões em 2023, alcance US$ 17,24 bilhões até 2032, segundo dados da Fortune Business Insights.

No Brasil, o crescimento também é notável. A Grand View Research aponta que o segmento movimentou US$ 3,4 bilhões em 2023 e deve alcançar US$ 9,8 bilhões até o fim da década. Impulsionado especialmente pela estética facial, esse avanço reflete uma transformação no perfil de quem busca cuidados estéticos.
Entre os procedimentos que ganharam destaque estão a rinomodelação, bioestimuladores e skinboosters. Segundo Bianca Jone, especialista em cosmetologia avançada, os pacientes buscam cada vez mais intervenções discretas, com rápida recuperação e que preservem os traços naturais. \"A preferência atual é por resultados personalizados, que transmitam saúde e bem-estar, sem alterar profundamente a aparência\", comenta.
Essa tendência também provocou uma reação ao excesso: muitos pacientes hoje procuram desfazer procedimentos exagerados do passado. A chamada \"desarmonização facial\" ganhou espaço, acompanhada de maior consciência estética. Celebridades como GKay, Eliezer e Gracyanne Barbosa ajudaram a impulsionar esse debate sobre limites e equilíbrio.
O público também está mudando. A estética facial, antes mais comum entre mulheres adultas, agora atrai homens — que já somam 30% da clientela, segundo a Associação Brasileira de Clínicas e Spas — e jovens. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) registrou um aumento de 141% nos procedimentos realizados em adolescentes de 13 a 18 anos na última década, influenciados por redes sociais e filtros digitais.
A tecnologia também tem papel decisivo nessa nova fase do mercado. Equipamentos modernos como ultrassom microfocado, plasma frio, radiofrequência criogênica e tecnologias de contração muscular garantem maior precisão, segurança e menos tempo de recuperação. A inteligência artificial se soma a essas ferramentas, permitindo diagnósticos personalizados e simulação de resultados.
Mas, como alerta Bianca Jone, o uso dessas tecnologias exige preparo técnico: \"Não basta ter um equipamento moderno — é preciso saber aplicar com conhecimento e responsabilidade\". Ela destaca ainda a importância da formação contínua dos profissionais, citando programas acadêmicos nos Estados Unidos como reflexo da integração entre estética e ciência.
Por fim, a sustentabilidade também entra em cena. Cosméticos veganos, orgânicos e com fórmulas inteligentes ganham espaço. Tendências como a corneoterapia e o uso de nutracêuticos integram os cuidados clínicos, com ênfase no tratamento da pele antes e depois dos procedimentos. \"Resultados duradouros dependem de um bom home care\", reforça Bianca.
Com crescimento acelerado e diversificação do público, a estética facial confirma seu protagonismo no setor de beleza e saúde, exigindo profissionais cada vez mais qualificados e atentos às transformações do mercado.