Haddad promete solução para o IOF até terça-feira (3)

Ministro quer evitar derrota no Congresso e reforça compromisso com metas fiscais e reformas estruturais

Por Plox

02/06/2025 09h58 - Atualizado há 3 dias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que a definição sobre o impasse em torno do aumento da alíquota do IOF deve ser apresentada até terça-feira (3), antes da viagem do presidente Lula à França.


Imagem Foto: Reprodução


A medida, anunciada pelo governo em maio para ampliar a arrecadação e cumprir metas fiscais, gerou forte reação no Congresso Nacional. Parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), exigiram alternativas que não envolvam novos impostos e ameaçaram votar uma proposta que pode derrubar o aumento do IOF caso não haja recuo do Executivo até o dia 10 de junho.



Haddad adiantou que não pretende usar todo o prazo estabelecido por Motta e reforçou que deve apresentar as medidas ainda nesta terça. Segundo ele, o pacote será previamente apresentado ao presidente Lula, ao próprio Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O ministro destacou que há sintonia entre os Poderes e que falta apenas definir os ajustes finais para viabilizar a proposta.



De acordo com Haddad, qualquer correção no IOF precisa considerar outros desequilíbrios no sistema financeiro e deve ser acompanhada de reformas estruturais. Ele reiterou que sua prioridade são medidas com impacto de médio e longo prazo, evitando soluções paliativas. O ministro também reafirmou que não abrirá mão das metas fiscais estabelecidas de forma conjunta com o Executivo e o Legislativo.


Haddad ainda comentou sobre a reforma administrativa, considerada essencial por parte do Congresso. Para ele, o tema precisa ser tratado com cuidado, uma vez que, segundo suas palavras, existe um “fetiche” em torno da pauta, mas os números muitas vezes não fecham na prática. Ele finalizou dizendo que a Fazenda deve manter a liderança no debate fiscal e que qualquer solução duradoura será mais benéfica ao país.


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