Adolescente que assassinou toda família cogitou jogar cadáveres aos porcos
Conversas entre o casal de jovens revelam planejamento detalhado e ideias macabras para ocultar os corpos
Por Plox
02/07/2025 11h26 - Atualizado há cerca de 21 horas
As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelaram detalhes estarrecedores sobre um crime que chocou o estado. Um adolescente é acusado de matar o pai, a mãe e o irmão mais novo, em um episódio que, segundo as autoridades, foi premeditado em conluio com a namorada.

Durante o depoimento à polícia, o jovem contou que mantinha um relacionamento de seis anos com a garota, cuja família vive em Mato Grosso. A relação, no entanto, não era aprovada por seus pais. A jovem teria pressionado o namorado a visitá-la, exigindo que ele fosse ao estado para encontrá-la. O adolescente teria se preparado para a viagem, mas seus pais o impediram de partir. Em meio à frustração e ao conflito familiar, o crime teria sido cometido.
Na cena do crime, os peritos encontraram uma mochila pronta para viagem. Dentro dela estavam guardados os celulares das vítimas, indicando a possível tentativa de sumir com provas.
Paralelamente à hipótese passional, a polícia investiga também uma motivação financeira. Após os assassinatos, o adolescente teria feito buscas na internet sobre como sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de uma pessoa morta. Estima-se que o pai dele teria cerca de R$ 33 mil a receber.
A namorada do acusado foi apreendida nesta terça-feira (1º/7), após prestar depoimento na Delegacia de Água Boa (MT), acompanhada da mãe, em 26 de junho. Segundo o delegado responsável, após cometer os crimes, o adolescente ligou para a garota, que o teria orientado a ocultar os corpos.
As mensagens trocadas entre os dois revelam que a adolescente tinha conhecimento do crime desde o início. Mesmo negando envolvimento direto em seu depoimento, as provas colhidas pela polícia demonstram o contrário. As conversas expõem uma realidade chocante: o casal discutia abertamente formas de não ser descoberto, incluindo estratégias de ocultação dos cadáveres e até possibilidades grotescas como dar os corpos para porcos comerem.
“Conseguimos mostrar a premeditação, os atos preparatórios, o planejamento em si e os atos executórios” , afirmou o delegado Carlos Augusto, que também classificou os diálogos como repletos de “barbaridade”.
Em uma das mensagens, a adolescente chegou a sugerir que o namorado deveria “ser homem” e visitar ela em Mato Grosso — uma pressão que os investigadores consideram como chantagem emocional. Em outra, o jovem menciona que o pai deveria ser o primeiro a morrer, por representar um obstáculo à execução do restante do plano.
O casal chegou a cogitar matar a avó do adolescente e a mãe da garota, mas recuou temendo levantar suspeitas. Também discutiram a necessidade de esperar o momento certo para que o irmão mais novo estivesse afastado, facilitando a ação criminosa.
A sequência de revelações reforça a complexidade e a crueldade do caso, que agora envolve dois adolescentes sob investigação por um triplo homicídio brutal e premeditado.