TSE forma grupo para combater desinformação nas eleições de 2026

Comissão inclui especialistas em IA e proteção de dados, entre eles Laura Schertel, filha de Gilmar Mendes

Por Plox

02/07/2025 09h51 - Atualizado há 3 dias

Na última segunda-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu um grupo de trabalho com o objetivo de aprimorar o combate à desinformação eleitoral. A comissão, composta por nove integrantes, terá a missão de debater e propor diagnósticos, pesquisas, programas, projetos e campanhas que servirão de base para as resoluções eleitorais do pleito de 2026.


Imagem Foto: Agência Brasil


Entre os membros nomeados está a professora Laura Schertel, especialista em direito digital e proteção de dados, conhecida por sua atuação na elaboração do anteprojeto de lei que visa regulamentar o uso da inteligência artificial no Brasil. Laura é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.



A comissão também conta com a advogada Estela Aranha, assessora da ministra Cármen Lúcia, que ficará responsável pela secretaria-geral do grupo. Outros integrantes incluem o vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa, além de especialistas como Virgílio Almeida, Marilda Silveira, Dora Kaufman, Silvio Romero de Lemos Meira e Bruno Bioni.



Os participantes poderão formar subgrupos para aprofundar temas específicos e elaborar relatórios com propostas e diagnósticos. Esses documentos serão entregues à presidência do TSE e, se necessário, encaminhados ao Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE).



Alguns dos especialistas do grupo defendem publicamente a regulamentação de ferramentas de inteligência artificial. Há também quem sustente que o ambiente digital tem contribuído para o avanço de movimentos ligados à extrema direita entre jovens. Virgílio Almeida, por exemplo, afirma que é preciso reorganizar a sociedade digital “para que valores humanos e democráticos sejam preservados”.



Já a jurista Marilda Silveira, que participou na semana passada do IV Encontro Nacional de Comunicação da Justiça Eleitoral, afirmou que o principal desafio da Justiça Eleitoral é “preservar a confiança no processo democrático”, e defendeu atuação rápida e transparente da instituição.



A criação deste grupo de trabalho reflete a preocupação do TSE com os desafios impostos pela desinformação e o uso de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, no contexto eleitoral. A comissão terá um papel consultivo, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias eficazes no enfrentamento dessas questões nas próximas eleições.


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