“O prefeito foi morto defendendo o patrimônio público de Naque”, afirma delegado
Por Plox
02/08/2019 14h06 - Atualizado há mais de 5 anos
Na manhã desta sexta-feira (2), a equipe de investigadores e o delegado João Luiz Martins Barbosa, da Comarca de Açucena-MG, juntamente com o delegado regional, Thiago Alves, concederam entrevista coletiva e relataram a conclusão do inquérito envolvendo o assassinato do ex-prefeito de Naque-MG, Hélio Pinto de Carvalho, o Hélio da Fazendinha, no último dia 13 de julho. Para o delegado responsável pelo caso, o prefeito foi morto defendendo o patrimônio público do município.
Foto: Marcelo Augusto / PLOX
O vereador Marcos Alves de Lima, o Marquinhos de Depósito, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado - impossibilidade de defesa da vítima, motivo fútil e premeditação. Veja o vídeo da entrevista:
As apurações indicam que a motivação do crime seria uma disputa por divisas do terreno de Marcos Alves. Assim como no dia da reconstituição do fato, foi explicada toda a cronologia das investigações, desde o assassinato até a prisão do vereador no Estado do Espírito Santo e a conclusão do inquérito.
O delegado João Luiz foi enfático ao afirmar que não existiu legítima defesa por parte do acusado. “As agressões já tinham cessado, a vítima já estava a 8 metros e fugindo, correndo do autor, quando ele [Marcos Alves de Lima] efetua os disparos de arma de fogo. Ele [prefeito] cai ao solo e novamente ele [vereador] chega até a vítima e descarrega o revólver”, relata.
Foto: Marcelo Augusto / PLOX
Responsável pelas investigações, o delegado aproveitou para agradecer a Polícia Civil do Espírito Santo, que efetuou a prisão do vereador, na cidade de Vitória. “Eu preciso agradecer a Polícia Civil do Espírito Santo por ter nos ajudado no caso. Após ser liberado da prisão no dia posterior ao crime, o Marcos Alves de Lima pintou os cabelos, pois os cabelos dele são brancos, e supostamente fez até bronzeamento artificial. Graças a ajuda dos colegas do Espírito Santo nós conseguimos a prisão dele [vereador] novamente”, disse.
Apenas neste caso, a Polícia Civil deslocou-se por mais de 2.200 km rodados pelas viaturas que participaram das investigações. O inquérito completo tem 215 laudas e cerca de 900 horas de trabalho policial.