Por Plox
02/08/2020 15h29 - Atualizado há mais de 3 anosO Juiz plantonista Rafael Drumond de Lima, indeferiu o pedido de liminar do Ministério Público que pedia a interdição dos leitos de UTI Covid e clínicos do Hospital Dr. José Maria Morais, em Coronel Fabriciano-MG. A decisão do Magistrado garante o funcionamento pleno do hospital.
Neste domingo (2), o prefeito Marcos Vinícius visitou a ala de UTI Covid do hospital e mostrou o funcionamento dos equipamentos, um deles a máquina de hemodiálise, foco das supostas denúncias. O chefe do Executivo ainda fez duras críticas à oposição e a Secretaria Regional de Saúde. Ele ainda afirmou que o Ministério Público se baseou em denúncias anônimas e não verificou os fatos. “Quem plantou o factoide foi a mesma Regional de Saúde que autorizou o credenciamento dos leitos. Esses funcionários da Regional de Saúde são os mesmos que em 2006 e 2007 fecharam o hospital Siderúrgica”. “O juiz, muito assertivamente, não entrou em denúncias factoides do Ministério Público. O Ministério Público se aproveita de uma teórica denúncia anônima e quer implantar uma liminar sem visitar e sem conhecer a UTI Covid, porque tem medo. Tem medo igual um ‘vereadorzinho’ que veio na porta do hospital fazer vídeo, dizendo que tem irregularidade”, afirmou.
O prefeito ainda completou falando que “é muito fácil aí fora criticar o hospital. Eu quero ver é você estar na pele desse profissional que trabalha aqui, todo dia, enfrentando o Covid-19”.
Versão da Secretaria Regional de Saúde (SRS)
Segundo comunicado de esclarecimento divulgado pela Regional de Saúde, “nos dias 2/6, 29/7 e 30/7 foram realizadas inspeções da Vigilância Sanitária (VISA) no Hospital José Maria Moraes (HJMM), em Coronel Fabriciano. Na ocasião foram encontradas inconformidades em relação aos leitos de UTI e o Hospital foi notificado a providenciar as devidas adequações”.
A SRS diz que a interdição é necessária para reduzir os riscos para os pacientes. De acordo com a Regional, o retorno das atividades na UTI estaria condicionado à regularização das inconformidades.
Versão da Prefeitura
Segundo a Prefeitura de Coronel Fabriciano, que é quem administra o hospital do Estado, “as determinações contidas na decisão já vinham sendo cumpridas pelo município e, que inobstante a dívida do Estado de Minas Gerais na órbita de R$ 12 milhões de reais só com o Hospital Dr. José Maria Morais, adquiriu três máquinas de hemodiálise na semana que se passou, aguardando apenas a entrega das mesmas”.
Por meio de nota, a administração municipal completou afirmando que “a equipe do hospital é a mais completa possível para um hospital de média complexidade que não é referência em nefrologia, atualmente o hospital conta com dois nefrologistas do mais alto gabarito”.