Mendonça substitui Moraes no TSE, abrindo espaço para formação mais conservadora
Nova composição no TSE promete manter defesa das instituições, dizem especialistas
Por Plox
02/08/2024 07h48 - Atualizado há 11 meses
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá uma nova dinâmica nas eleições municipais de 2024 com a chegada do ministro André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro por seu perfil conservador e "terrivelmente evangélico". Essa mudança ocorre com a saída do ministro Alexandre de Moraes e a presidência sob a ministra Cármen Lúcia, que assume uma postura mais técnica e dialogada em relação ao antecessor.

Composição do TSE e perfil conservador
A Corte Eleitoral retornou do recesso forense nesta quinta-feira (1º), cerca de dois meses antes das eleições municipais de 6 de outubro, que escolherão prefeitos e vereadores em 5.568 municípios brasileiros. A nova formação do TSE inclui Cármen Lúcia, Nunes Marques e André Mendonça do STF; Raul Araújo e Isabel Gallotti do STJ; e os advogados André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques. Pelo menos três dos sete integrantes da Corte possuem alinhamento mais conservador, refletindo os valores da direita no Brasil.
Independência na presidência
Indicada ao Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006, Cármen Lúcia promete uma condução independente e rigorosa, mantendo-se alinhada aos seus pares no enfrentamento aos ataques à democracia. Especialistas, como o advogado eleitoralista Lucas Cruz Neves, afirmam que "Cármen Lúcia é muito correta e seu discurso na posse foi assertivo no combate às fake news, mostra isso. A Bíblia dela é a Constituição".