Caso de raiva em bovino é confirmado na região Leste de MG; outras duas mortes são investigadas
Caso confirmado em Itueta leva a vacinação emergencial e mobiliza autoridades para conter transmissão do vírus
Por Plox
02/08/2025 06h39 - Atualizado há 2 dias
A cidade de Itueta, localizada no Leste de Minas Gerais, confirmou um caso de raiva em bovino, gerando mobilização imediata das autoridades de saúde e agropecuária. O alerta surgiu em 22 de julho, após a Secretaria de Agricultura local reportar um animal com sintomas neurológicos suspeitos.

Diante da suspeita, técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) coletaram amostras do cérebro do bovino e as encaminharam ao Laboratório de Saúde Animal. O diagnóstico positivo para raiva foi concluído no dia 25 de julho, mas sua divulgação só ocorreu na quinta-feira seguinte, dia 31, seis dias depois da confirmação oficial.
Após o resultado, ações de contenção foram rapidamente adotadas na propriedade onde o caso foi detectado. Até o momento, três bovinos já morreram na fazenda. Os demais animais do rebanho receberam vacinação em massa no dia 28 de julho. Durante uma inspeção técnica realizada na quinta-feira (31), foram identificados dois abrigos de morcegos nas proximidades, os quais são considerados os principais vetores da doença.
Além dos animais, duas pessoas — o produtor e um auxiliar — que tiveram contato direto com o bovino infectado, foram encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde para avaliação médica e início da profilaxia antirrábica. A Vigilância Epidemiológica da cidade segue investigando possíveis outras exposições humanas.
Cães e gatos da região também serão imunizados nos próximos dias, como parte do bloqueio sanitário. A prefeitura de Itueta informou que a área afetada já havia recebido cobertura vacinal em 2024, mas o monitoramento seguirá reforçado enquanto persistir o risco de disseminação do vírus.
\"Todos os cuidados estão sendo tomados para evitar a propagação da doença e proteger a saúde da população\", informou o IMA em nota.
O caso acende um sinal de alerta para a importância da vacinação preventiva em áreas rurais e reforça a necessidade de vigilância constante diante de zoonoses como a raiva.