Governo avalia incluir vacina contra meningite B no SUS

O Ministério da Saúde iniciou uma consulta pública para avaliar a possível inclusão da vacina contra o meningococo tipo B no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta, apresentada pela farmacêutica GSK, foi enviada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão responsável pela análise de novas tecnologias para o sistema público.

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Atualmente, a rede pública já oferece imunização contra os sorotipos A, C, W e Y da bactéria Neisseria meningitidis, mas ainda não contempla o tipo B, apesar de sua expressiva relevância clínica. A vacina meningo B já está disponível na rede privada e é indicada para proteger contra a forma mais letal da meningite meningocócica.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, só em 2024 foram registrados 2.357 casos de meningite bacteriana no Brasil, com 454 mortes. Entre os infectados, de 10% a 20% enfrentam sequelas permanentes, incluindo surdez, amputações e danos neurológicos. Ainda que muitos casos não tenham o sorotipo identificado, ao menos 138 foram confirmados como do tipo B, com 21 mortes atribuídas diretamente a essa variante.

A vacinação proposta contra o meningococo B envolve três doses aplicadas aos 3, 5 e 12 meses de idade. A farmacêutica estima um custo de R$ 6,1 bilhões em cinco anos para a inclusão da vacina no SUS, mas defende que a medida reduziria os gastos com hospitalizações e tratamentos da doença.

A consulta pública, que foi aberta nesta quinta-feira (31), estará disponível por 20 dias no site da Conitec. Após o encerramento do prazo, as contribuições da sociedade serão analisadas e integrarão o relatório que decidirá se o imunizante será ou não incorporado à rede pública.