União Brasil decide sair do governo Lula e ameaça expulsar ministro

Partido vai se aliar ao PP e formar federação para apoiar uma candidatura em 2026

Por Plox

02/08/2025 17h52 - Atualizado há 7 dias

A direção do União Brasil decidiu nesta semana que o partido vai romper com o governo Lula em setembro e entregar dois dos três ministérios que ocupa. Essa medida acontece após críticas públicas de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, à gestão petista.


Imagem Foto: Agência Senado


Atualmente, o partido controla os ministérios do Turismo, Comunicações e Integração Nacional. No entanto, apenas o ministro do Turismo, Celso Sabino, é filiado ao União Brasil. Caso ele decida permanecer no cargo como uma cota pessoal de Lula, corre o risco de ser expulso da legenda.



Frederico Siqueira, que ocupa o Ministério das Comunicações, também deve deixar o cargo. Ele não é filiado a nenhum partido, mas foi indicado diretamente pelo União Brasil, que agora quer romper com o governo. Já Waldez Góes, ministro da Integração Nacional, deve continuar, uma vez que é filiado ao PDT e mantém o cargo por influência do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que possui um forte poder de influência interna no partido.



O União Brasil, com a terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados, atrás apenas do PL e do PT, tende a dificultar o apoio do governo Lula a projetos no Congresso. A saída do partido da base governista já estava prevista desde abril, quando a sigla formou uma federação com o PP, partido contrário ao governo. A federação obriga ambos os partidos a apoiarem o mesmo nome nas eleições presidenciais de 2026.



O estopim para essa decisão foi uma reportagem que trouxe à tona declarações críticas de Antonio Rueda, feitas em um evento com empresários e investidores em São Paulo.
A situação interna do União Brasil, que estava sendo construída ao longo dos últimos meses, levou à ruptura com a base aliada e à ameaça de expulsão do ministro caso ele se mantenha no cargo.

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