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Saúde
Uso excessivo de descongestionantes nasais: os riscos que você precisa conhecer
Dependência e complicações graves, como arritmia cardíaca, apontam para a necessidade de supervisão médica
02/09/2023 às 13:59por Redação Plox
02/09/2023 às 13:59
— por Redação Plox
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Em um país de clima diverso como o Brasil, é comum que muitas pessoas recorram a descongestionantes nasais para aliviar sintomas de nariz entupido, especialmente em condições de baixa umidade e baixas temperaturas. Contudo, o uso indiscriminado desses medicamentos pode resultar em dependência e complicações médicas graves, incluindo taquicardia e até morte.
Pixabay
Dependência é mais comum do que parece
Segundo dados do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo, o uso incorreto de descongestionantes nasais é a terceira principal causa de problemas relacionados a efeitos colaterais de medicamentos. Arnaldo Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, ressalta que "É possível torna-se dependente do uso de todos os descongestionantes, sem exceção". A busca pelo alívio imediato leva muitos pacientes a um ciclo vicioso, aumentando o risco de efeitos adversos.
Como os descongestionantes funcionam e seus riscos
Esses medicamentos agem rapidamente para aliviar a congestão nasal ao contrair os vasos sanguíneos nas narinas. No entanto, o uso excessivo pode causar um fenômeno conhecido como "rinite medicamentosa", uma forma de irritação nasal que é uma reação adversa ao uso continuado do produto. Além disso, em casos mais graves, o uso desses produtos pode levar a complicações como taquicardia, hipertensão e até arritmia cardíaca.
O que fazer para evitar o vício
Para quem já está dependente, Arnaldo Tamiso sugere uma redução gradual da substância, misturando-a com soro fisiológico. Ele também enfatiza que a melhor alternativa varia de acordo com a causa da obstrução nasal do paciente. Em casos crônicos, a avaliação clínica seguida de cirurgia pode ser recomendada.
Conclusão
O acesso fácil aos descongestionantes nasais torna crucial o conhecimento sobre seus riscos. Especialistas alertam para a necessidade de supervisão médica e um uso criterioso desses medicamentos, para evitar a dependência e outros graves efeitos colaterais.