Defesa de Bolsonaro promete atuação técnica e contesta acusação da PGR

No segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou com a promessa de apresentar uma argumentação sólida, fundamentada exclusivamente em questões jurídicas.

Os advogados reforçaram que a estratégia adotada será centrada na legalidade e em provas técnicas, afastando-se de discursos políticos. A equipe de defesa indicou que pretende desconstruir, ponto a ponto, as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que classifica Bolsonaro como o

'principal articulador de uma tentativa de abalar o regime democrático brasileiro'

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A declaração dos defensores ocorre em meio ao julgamento na Primeira Turma do STF, onde Bolsonaro e mais sete ex-integrantes do governo são réus por envolvimento em uma suposta conspiração golpista. O processo foi aberto com a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, e o caso deve se estender por semanas, dada a complexidade das acusações.

Entre os outros acusados estão figuras de destaque da gestão anterior, como Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente).

A PGR sustenta que houve uma articulação coordenada para comprometer o processo democrático, com ações deliberadas que culminariam em um golpe. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, rechaça a narrativa e garante que demonstrará a inexistência de conduta criminosa por parte do ex-presidente ao longo do processo judicial.