Caso Raíssa: Menino diz que brincou com ela antes de matá-la
Garoto que confessou envolvimento na morte da menina morava na mesma rua dela
Por Plox
02/10/2019 07h42 - Atualizado há cerca de 5 anos
O garoto de 12 anos, que confessou ter matado a menina autista Raíssa Eloá Caparelli Dadona, afirmou em depoimento que teria brincado com ela e depois de uma briga, a matou. Eles moravam na mesma rua. A Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo ouviu o adolescente na madrugada de terça-feira, 1º de outubro. Ele está internado na Fundação Casa.
O crime aconteceu no último domingo, 29 de setembro. A menina estava com a mãe, Vânia Caparelli, e o irmão pequeno em uma festa escolar. Ao sair para comprar pipoca na festa, a mãe deixou a menina na fila do pula-pula, onde o adolescente também estava. Poucos minutos após Vânia voltar, Raíssa já havia desaparecido.Ela encontrada sem vida poucas horas após, no Parque Anhanguera, pendurada pelo pescoço em uma árvore.
Raíssa ficou na fila do pula-pula com o garoto que a matou-Foto: Reprodução
Segundo o depoimento do garoto, Raíssa e ele brincavam no parque, quando começaram a brigar. Ele não revelou o motivo do desentendimento, mas contou que a agrediu com as mãos e com um graveto de árvore. Depois, ele a amarrou à árvore pelo pescoço e continuou agredindo, a levando à morte, como informou o delegado Luiz Eduardo Marturano, do Departamento de Homícidio e Proteção à Pessoa.
Em seguida, o adolescente acionou um guarda civil, alegando ter encontrado um corpo na árvore. O guarda chamou a polícia, enquanto a mãe da menina e participantes da festa tentavam encontrá-la. O garoto foi para casa e contou do crime aos pais, que foram à polícia contar tudo o que o filho alegou. Apesar de ter mudado as versões, a polícia não descarta a possibilidade de outra pessoa no crime. A polícia aguarda o laudo pericial, para determinar as causas da morte.