Menos que 30% das mineiras fazem a mamografia, para detectar câncer de mama
Por Plox
02/10/2019 10h52 - Atualizado há cerca de 5 anos
Muitas mulheres já sabem que o diagnóstico precoce do câncer de mama diminui a possibilidade de mutilação, quimioterapia e além de morte pela doença. Mesmo assim, segundo levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) nessa terça-feira, 1º de outubro, abaixo de 30% das mulheres com idades entre 50 e 69 anos fizeram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017. Esse foi o levantamento mais recente. O Ministério da Saúde espera que pelo menos 70% passem pelo procedimento. Em se tratando de Brasil como um todo, o índice é ainda menor, ou seja, 24,1%.
Dr. Ruffo de Freitas Junior, médico que coordenou o estudo, um dos fatores que dificultam a mulher de buscar o serviço é que ela precisa ir ao posto médico, receber encaminhamento, marcar o exame, retornar. Só a partir daí é que ela leva os papeis ao médico, que a avalia. Uma possível ajuda para evitar a evasão das mamografias, seria a mulher entre 50 e 69 anos, receber o pedido de exames em casa, já com a data marcada para a visita ao médico. “Ela só precisaria fazer o exame e, se estivesse tudo bem, receberia outra carta em dois anos”, esclarece.
Foto: Reprodução
A falta de diagnóstico precoce foi o que causou a perda do seio esquerdo da gerente administrativa Shirlene Oliveira Martins, de 48 anos. Ela descobriu o câncer em estágio bem avançado em 2007, quando era acompanhada por um cirurgião plástico que implantaria silicone em suas mamas. Já em 2010, mais um câncer apareceu e ela teve que remover todo o seio. “Poderia ter sido diferente”, lamenta.
No mês em que se celebra o Outubro Rosa, é de grande importância ações que conscientizem e chamem a atenção para o diagnóstico precoce deste câncer, que é o que mais mata mulheres em todo mundo.