Corte de energia elétrica por falta de pagamento volta a ser permitido no Brasil

Durante este período em que o corte de energia foi suspenso, cerca de 12 milhões de famílias foram isentadas deste transtorno

Por Plox

02/10/2021 15h27 - Atualizado há quase 3 anos

O corte de energia elétrica por falta de pagamento voltou a ser permitido no Brasil. Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, determinou que os consumidores de baixa renda não teriam o fornecimento de suas residências interrompido.

No caso de não pagarem as contas, ainda assim continuavam com o fornecimento.
A decisão foi tomada durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus que assola o mundo. O que se espera a partir de agora é que as companhias elétricas, mesmo podendo interromper o fornecimento, tentem fazer acordo com os consumidores que estão em atraso. É o caso, por exemplo, da Enel Brasil, de São Paulo. A companhia lançou uma companhia que dá condições especiais àquelas pessoas de baixa renda, cadastradas na tarifa social de energia elétrica, para que possam renegociar suas dívidas.

De acordo com a empresa, o consumidor poderá parcelar suas contas atrasadas em até treze pagamentos. Isso sem juros ou demais tarifas.

 

O benefício se estende também às pessoas que têm renda menor ou igual a meio salário mínimo ou que estão inscritas no Cadúnico, com renda mensal de até três salários. Também as residências onde residem algum portador de doença crônica, que o tratamento precise de equipamentos elétricos vitais, são beneficiadas. Também são considerados alvos desses benefícios os idosos ou pessoas com deficiência com renda igual ou superior a 1/4 do salário mínimo por cada morador da casa.

A expectativa é que companhias elétricas de outros estados, como por exemplo a Cemig, de Minas Gerais, sigam o exemplo de São Paulo e venham a renegociar suas dívidas, evitando assim um grande transtorno aos usuários de baixa renda do sistema de energia elétrica do Brasil.

Durante este período em que o corte de energia foi suspenso, cerca de 12 milhões de famílias foram isentadas deste transtorno. Mas agora, caso não se encontre uma solução para renegociar as dívidas, essas pessoas correm o risco de ficar sem energia elétrica.
 

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