Casos de febre maculosa avançam em Minas e quatro mortes são confirmadas

Minas Gerais enfrenta um novo avanço da febre maculosa, com a confirmação de quatro mortes e 29 casos da doença registrados em 2025, conforme dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) no dia 1º de outubro. A taxa de letalidade, segundo o boletim, é de 13,7%.

Os óbitos ocorreram nas cidades de Caeté (dois casos), Pedro Leopoldo (um) e Matozinhos (um), todas localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além dos casos confirmados, outros 13 ainda estão sob investigação pelas autoridades de saúde do estado.

Diante do aumento expressivo de casos, o município de Caeté suspendeu as aulas em toda a rede municipal entre os dias 1º e 6 de outubro, incluindo dois sábados letivos anteriores. A cidade já havia declarado situação de emergência em saúde pública no dia 16 de setembro. Até o último relatório da prefeitura, havia 31 notificações: 10 ainda em investigação, 14 em tratamento, cinco descartadas, duas confirmadas e duas mortes registradas.

A febre maculosa é uma doença infecciosa grave, causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas por carrapatos infectados, especialmente o carrapato-estrela. Embora mais comum no período de seca, de abril a outubro, a doença pode ocorrer em qualquer época do ano.

O ciclo de transmissão se inicia quando o carrapato se infecta ao picar animais hospedeiros da bactéria, como as capivaras. Já no ser humano, os sintomas geralmente aparecem entre dois a 14 dias após a picada. A progressão da doença pode ser rápida e, sem tratamento adequado, o quadro pode se agravar até causar a morte.

Entre os principais sintomas estão: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, dores musculares, diarreia, inchaço nas extremidades e manchas avermelhadas que se espalham pelo corpo, especialmente nas palmas das mãos e solas dos pés.

\"A principal forma de evitar a febre maculosa é impedir o contato com carrapatos\"

, alertou a SES-MG em nota. A pasta recomenda o uso de roupas claras, calçados fechados, meias de cano longo e repelentes à base de icaridina ao frequentar áreas de vegetação ou com presença de animais.

Medidas adicionais incluem a limpeza regular de quintais, capina de terrenos baldios e o uso de carrapaticidas em cães, bois e cavalos, sempre com orientação veterinária. Também é importante realizar a inspeção do corpo ao retornar de ambientes propensos à presença de carrapatos e remover qualquer um encontrado com o auxílio de pinças, evitando esmagá-los com as unhas.

Como forma de enfrentamento, a Secretaria de Saúde informa que mantém vigilância ativa dos casos, promove capacitações com profissionais da área, distribui materiais informativos e dá suporte às ações municipais de prevenção e controle.