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Durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), promovida pelo Ministério da Mulher, um episódio envolvendo a Associação Nacional de Direitos de Mulheres e Crianças, a Matria, gerou forte repercussão nas redes sociais. A entidade, que atua em defesa de direitos de mulheres biológicas, se manifestou publicamente contra o espaço dado a ativistas trans no evento.
Através de publicações nas redes, a Matria relatou que a conferência deu destaque desproporcional à pauta trans. Um dos episódios mais tensos ocorreu com a diretora da associação, Mariele, que foi hostilizada por ativistas travestis durante sua presença no local. Por sua aparência – lésbica e com cabelo curto – ela chegou a ser chamada de “rapaz” e foi cercada por manifestantes que entoavam palavras de ordem contra a transfobia.
A crítica central da associação gira em torno das homenagens feitas pelo evento. Das 60 mulheres celebradas pela conferência, 12 eram transexuais ou travestis, o que representa cerca de 20% do total. Em contrapartida, apenas três lésbicas foram reconhecidas, um número que, segundo a Matria, não reflete a realidade das mulheres que historicamente lutaram por direitos no Brasil.
“Esse número não é irrelevante. É um símbolo. Mostra como um espaço que deveria reconhecer a trajetória das mulheres – sua luta, sua resiliência, sua história – vem sendo distorcido”, afirmou a publicação
O grupo argumenta que o protagonismo feminino tem sido substituído por uma presença masculina, ainda que autodeclarada como feminina. Para a entidade, a conferência entregou prestígio e protagonismo às identidades trans, enquanto mulheres lésbicas ficaram relegadas a uma participação simbólica. A crítica se estende à composição da organização do evento, que segundo a Matria, dá às mulheres papéis decorativos, sem autonomia nem poder de decisão real.
Outro ponto que gerou revolta foi a escolha de uma criança trans como a única menina homenageada durante a conferência. A associação questiona a ausência de reconhecimento a meninas vítimas de abusos ou feminicídios, o que, segundo elas, descaracteriza o objetivo original do evento.
Em sua manifestação, a Matria declarou que a conferência se tornou uma vitrine de identidades masculinas autodeclaradas como femininas, o que representa um apagamento da mulher como sujeito político. A nota conclui afirmando que, mesmo em espaços que deveriam priorizar as mulheres, “a voz masculina prevalece” no governo Lula.
A polêmica ocorre em meio a discussões mais amplas sobre inclusão de pessoas trans em políticas públicas e eventos voltados ao público feminino. Até o momento, o Ministério da Mulher não emitiu nota oficial sobre o caso.
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