Gestora do navio Bouboulina afirma não ter “nenhuma prova” sobre vazamento de óleo

O navio mercante grego é suspeito de ser o responsável pelo vazamento/derramamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro

Por Plox

02/11/2019 14h10 - Atualizado há mais de 4 anos

Em comunicado neste sábado (02), a Delta Tankers Ltd, administradora do navio de bandeira grega Bouboulina, apontado pelas autoridades brasileiras como a fonte do vazamento que chegou ao litoral brasileiro, afirmou não ter “nenhuma prova” de que a embarcação possa ter causado os vazamentos.

A empresa disse que realizou uma busca completa no material das câmeras e sensores da embarcação e que não encontrou nenhuma evidência de que o Bouboulina “tenha parado para fazer qualquer tipo de operação entre dois navios, vazado óleo, desacelerado e desviado do seu curso, na passagem da Venezuela para Melaka, na Malásia”.

Segundo informações da empresa, o navio grego teria saído da Venezuela no dia 19 de julho carregado e teria ido sem nenhuma parada em portos para a Malásia, onde descarregou sem nenhuma falta.

Os procuradores brasileiros disseram nesta sexta-feira (01) que encontraram fortes evidências de que a empresa, o capitão e a tripulação do navio não teriam conseguido comunicar às autoridades brasileiras sobre o suposto derramamento/liberação de óleo no Oceano Atlântico.

navio-bouboulina Foto: Reprodução

Após uma enorme briga política nos últimos dias, onde o governo da Venezuela e até mesmo ativistas do Greenpeace foram apontados pelo governo brasileiro como possíveis autores do crime/acidente ambiental, a investigação da Polícia Federal e a execução de mandados de busca no Rio de Janeiro trouxeram uma reviravolta ao caso.

As autoridades brasileiras informaram, nesta sexta-feira, que suspeitavam que a embarcação havia derramado o óleo a 700 km da costa brasileira, entre os dias 28 e 29 de julho.

A Delta Tankers disse vai compartilhar com as autoridades brasileiras o material obtido dos equipamentos de segurança da embarcação assim que elas entrarem em contato com a empresa sobre a investigação. A empresa reforçou que até o momento esse contato ainda não foi realizado.

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