Cachorro testa positivo para parasita que causa cegueira em humanos
Parasita pode causar sintomas graves em humanos, como dor abdominal, tosse e até cegueira
Por Plox
02/12/2024 11h39 - Atualizado há 9 dias
O Reino Unido registrou pela primeira vez um caso de infecção pelo parasita Linguatula serrata em um cachorro sem histórico de viagem para fora do país. A ocorrência, datada de março de 2023, foi divulgada somente em novembro no Resumo anual do Grupo de Especialistas em Pequenos Animais, emitido pelo governo britânico.
O Linguatula serrata, também conhecido como "verme da língua", pode atingir até 13 centímetros de comprimento e infectar humanos que entrem em contato com animais contaminados. Em pessoas, o parasita pode provocar sintomas como dor abdominal, tosse crônica e, em situações raras, até perda de visão devido à presença de larvas no olho.
Primeira ocorrência em cão local
Apesar de já terem sido reportados casos do parasita no Reino Unido anteriormente, todos envolviam cães importados de regiões onde a infecção é mais comum. Este é o primeiro registro de infecção em um animal nascido no país.
As autoridades sanitárias confirmaram que o tutor do cão alimentava o animal com carne crua, prática que aumenta o risco de contaminação, já que o parasita pode ser transmitido pelo consumo de carne infectada ou fezes contaminadas. A origem exata da infecção, no entanto, não foi identificada.
Impactos em animais e humanos
A maioria dos cães infectados não apresenta sintomas, mas em alguns casos o parasita pode causar rinite de leve a grave, aumento de secreção nasal, sangramentos na garganta, espirros frequentes e dificuldades respiratórias.
Em humanos, o contágio pode ocorrer pelo consumo de carnes mal cozidas, alimentos contaminados por fezes infectadas ou pelo contato direto com saliva e secreções de animais infectados. Os parasitas podem se alojar na garganta, intestino ou em outros tecidos do corpo, desencadeando complicações como suores noturnos, tosse crônica e, em situações graves, perda de visão.
Medidas preventivas e tratamento
No caso registrado, o tutor não foi contaminado, mas foi orientado pelas autoridades britânicas sobre práticas de higiene relacionadas à alimentação e ao cuidado com o animal. O tratamento do cão contribuiu para reduzir o risco de transmissão do parasita.
Para evitar infecções, especialistas recomendam que tutores evitem oferecer carne crua aos animais de estimação e adotem práticas rigorosas de higiene no manejo de alimentos e resíduos.