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Câmara de Avaré aprova aumento salarial de quase 80% para vereadores e morador é imobilizado em sessão
Reajuste de salários, 13º e férias para vereadores entre 2029 e 2032 é aprovado por 8 votos a 4 em sessão extraordinária; morador que protestava contra medida é retirado à força do plenário, caso vai parar na polícia e gera versões divergentes
02/12/2025 às 12:40por Redação Plox
02/12/2025 às 12:40
— por Redação Plox
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Um morador foi imobilizado e retirado à força do plenário da Câmara Municipal de Avaré (SP) durante a sessão extraordinária que aprovou um aumento de quase 80% nos salários dos vereadores, na noite de segunda-feira (1º).
Homem é carregado para fora da sessão na Câmara de Avaré, na segunda-feira (1º), após uma confusão
Foto: Reprodução / Redes sociais.
O projeto aprovado elevou os vencimentos dos vereadores de R$ 6,6 mil para R$ 11,8 mil e os do presidente da Câmara de R$ 7,6 mil para R$ 13,6 mil, além de instituir décimo terceiro salário e férias anuais com adicional de um terço para os parlamentares.
Reajuste passa a valer na próxima legislatura
De acordo com o texto aprovado, os novos valores só entram em vigor na próxima legislatura, no período de 1º de janeiro de 2029 a 31 de dezembro de 2032.
O projeto de lei, de autoria da mesa diretora, foi analisado em discussão única e aprovado em sessão extraordinária. O placar foi de oito votos favoráveis e quatro contrários.
Como votaram os vereadores
Votaram a favor do reajuste:
Ana Paula Tibúrcio de Godoy (Republicanos);
Everton Eduardo Machado (PL);
Francisco Barreto de Monte Neto (PT);
Hidalgo André de Freitas (PSD);
Jairo Alves de Azevedo (Republicanos);
Leonardo Pires Ripoli (Podemos);
Moacir Lima (PSD);
Pedro Fusco (PL).
Votaram contra o projeto:
Adalgisa Lopes Ward (Podemos);
Luiz Cláudio da Costa (Podemos);
Magno Greguer (Republicanos);
Maria Isabel Dadário (Podemos).
Morador é imobilizado e retirado do plenário
Após o resultado da votação, um morador que não concordou com o reajuste passou a protestar contra a decisão. Ele acabou imobilizado e carregado para fora do plenário por quatro pessoas, entre elas o presidente da Câmara, em meio a um tumulto que envolveu também outros presentes e uma mulher que entrou na discussão.
Projeto aprovou aumento dos salários dos vereadores de R$ 6,6 mil para R$ 11,8 mil e do presidente da Câmara de R$ 7,6 mil para R$ 13,6 mil
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Segundo a Câmara, a confusão teve início depois que o presidente, vereador Cabo Samuel Paes, pediu que o homem se manifestasse de forma pacífica. Como o pedido não foi atendido, ele determinou que um funcionário o retirasse do local, o que desencadeou empurrões e agressões.
Versões à polícia e registro de ocorrência
A Polícia Militar foi acionada e o caso registrado na delegacia.
Conforme o boletim de ocorrência, o morador afirmou que não concordou com o aumento dos salários e, por isso, decidiu protestar. Em depoimento, ele relatou ter sido agredido por quatro pessoas, incluindo o presidente da Câmara, e disse ter sofrido arranhões no rosto e nos braços.
Também segundo o boletim, um funcionário da Câmara declarou que o morador interrompeu a sessão mesmo após advertência do presidente para manter a ordem. Ao ser novamente advertido, ele teria reagido de forma agressiva, iniciado o tumulto e resistido à retirada do plenário.
Posicionamento da Câmara e manifestações nas redes
A Câmara Municipal informou que o episódio foi registrado pelas câmeras de segurança e que, nas imagens, não teria havido agressão por parte do presidente ou de servidores, mas sim “imobilização legítima” diante da resistência do morador. A Casa afirmou ainda que registrou ocorrência, entregou as gravações às autoridades, permanece à disposição para esclarecimentos e reforçou que não aceitará ações que atentem contra a ordem, o decoro ou o funcionamento das sessões legislativas.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara, vereador Cabo Samuel Paes, classificou o episódio como “triste” e disse que decidiu retirar o morador para preservar a segurança no plenário.
Ele já tinha sido advertido para que fizesse suas manifestações pacíficas. Tem que ter ordem e decência. Como sou policial, nós imobilizamos o indivíduo e retiramos ele do plenário.
Cabo Samuel Paes
Também nas redes sociais, o morador envolvido afirmou que “perdeu a razão” e se exaltou diante da revolta com o projeto de aumento salarial em meio ao cenário econômico da cidade. Ele negou ter agredido os funcionários de forma intencional.
Descrito por moradores como briguento e temido, Douglas Alves da Silva, 26, é investigado por atropelar e arrastar a ex-companheira, Tainara Souza Santos, na Marginal Tietê, causando a amputação das duas pernas, em um ataque que a polícia atribui a ciúmes e à recusa em aceitar o fim do relacionamento.
Descrito por moradores como briguento e temido, Douglas Alves da Silva, 26, é investigado por atropelar e arrastar a ex-companheira, Tainara Souza Santos, na Marginal Tietê, causando a amputação das duas pernas, em um ataque que a polícia atribui a ciúmes e à recusa em aceitar o fim do relacionamento.