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‘Vou jogar sua irmã e depois vou me jogar. Beijo, te amo’, disse mãe antes de atirar filha de 6 anos de hotel em BH
Adolescente de 13 anos relatou à polícia que a mãe, de 32 anos, anunciou que jogaria a filha mais nova do 10º andar e depois se mataria; criança foi dopada antes da queda e ambas morreram no local, no Centro de Belo Horizonte.
02/12/2025 às 09:28por Redação Plox
02/12/2025 às 09:28
— por Redação Plox
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‘Vou jogar sua irmã e depois vou me jogar. Beijo, te amo’. A frase, dita por uma mãe à filha mais velha instantes antes de atirar a caçula do 10º andar de um hotel no centro de Belo Horizonte, expõe a sequência de violência que terminou em duas mortes nessa segunda-feira (1º).
Ocorrência foi registrada em um hotel na rua Espírito Santo, no centro de BH
Foto: Reprodução / Google Street View.
De acordo com o relato da adolescente de 13 anos à polícia, a mulher de 32 anos dopou a filha de 6 anos e, em seguida, a jogou pela janela do quarto onde as três estavam hospedadas, em um hotel na rua Espírito Santo. Logo depois, também se lançou do mesmo ponto. As duas morreram no local.
Mãe apresentou “três alternativas” às filhas
A adolescente contou que a mãe decidiu se hospedar no hotel na noite anterior, após um desentendimento com o companheiro. No quarto, ainda no domingo (30), a mulher teria apresentado três “alternativas” para a filha mais velha: que as três tirassem a própria vida ingerindo remédios, que a adolescente fosse morar com a avó ou que viajasse para viver com o pai biológico no Espírito Santo.
A jovem recusou repetidas vezes qualquer possibilidade de autoextermínio. Segundo o depoimento, a mãe então afirmou que a irmã de 6 anos “não teria escolha” por ser pequena e passou a tentar convencer a adolescente a tomar medicamentos, o que não foi aceito.
Em seguida, a mulher deu grande quantidade de remédios à filha mais nova, que ficou sonolenta, apática e com redução do nível de consciência, conforme o relato policial.
A frase que antecedeu o crime
Logo depois de dopar a criança, a mãe se despediu da filha mais velha. “Vou jogar sua irmã e depois vou me jogar. Beijo, te amo”, disse à adolescente, que ouviu a ameaça momentos antes do crime.
Na sequência, a jovem viu a mãe arremessar a irmã pela janela do 10º andar. Em choque, saiu correndo pelos corredores do hotel em busca de ajuda e não presenciou o momento exato em que a mulher também se lançou.
Queda do 10º andar e morte constatada no local
A Polícia Militar foi acionada por volta das 15h20, depois que hóspedes avisaram a recepção de que uma criança havia caído sobre a marquise do prédio, seguida pela queda de uma mulher que atingiu a rua na sequência.
Quando chegaram à rua Espírito Santo, no centro de Belo Horizonte, policiais encontraram equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros já em atendimento. A médica do SAMU constatou no local a morte da criança de 6 anos e da mulher de 32 anos.
Discussão na véspera e relato de depressão
O companheiro da mulher, de 51 anos, foi ao hotel após ser informado por familiares sobre o ocorrido. Ele relatou à polícia que, na noite anterior, o casal esteve em um bar e discutiu por motivos que classificou como banais. Ao fim da noite, a mulher se recusou a voltar para casa com ele e permaneceu com as duas filhas.
Como ela não retornou durante a madrugada, o homem afirmou ter imaginado que a companheira havia ido dormir na casa da mãe. Ainda segundo seu depoimento, a mulher sofria de depressão e, em diversas ocasiões, já havia mencionado a intenção de tirar a própria vida.
Investigação em andamento
Peritos da Polícia Civil fizeram levantamentos no quarto do 10º andar e na área das quedas. A investigação preliminar ficou a cargo da equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que acompanhou os trabalhos no hotel.
Os corpos da mulher e da criança foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal da Gameleira. A adolescente de 13 anos, que não sofreu ferimentos físicos, foi acolhida por funcionários do hotel logo após o crime e, posteriormente, ficou sob os cuidados da avó materna.
Descrito por moradores como briguento e temido, Douglas Alves da Silva, 26, é investigado por atropelar e arrastar a ex-companheira, Tainara Souza Santos, na Marginal Tietê, causando a amputação das duas pernas, em um ataque que a polícia atribui a ciúmes e à recusa em aceitar o fim do relacionamento.
Descrito por moradores como briguento e temido, Douglas Alves da Silva, 26, é investigado por atropelar e arrastar a ex-companheira, Tainara Souza Santos, na Marginal Tietê, causando a amputação das duas pernas, em um ataque que a polícia atribui a ciúmes e à recusa em aceitar o fim do relacionamento.