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Educação

Gastos escolares afetam orçamento de 85% das famílias no Brasil

Valor das compras chegou a R$ 49,3 bilhões em 2024, com alta nos preços impulsionada por inflação e custos de produção

03/01/2025 às 10:54 por Redação Plox

O impacto dos gastos com materiais escolares no orçamento das famílias brasileiras foi expressivo em 2024, atingindo 85% dos lares com filhos em idade escolar. Dados de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro mostram que o total gasto com esses itens chegou a R$ 49,3 bilhões, marcando um aumento de 43,7% em relação aos últimos quatro anos.

Pixabay

Impacto nos orçamentos familiares

Esse cenário afeta de maneira mais intensa as famílias das classes B e C, que juntas representam 76% dos gastos nacionais. A classe B desembolsou R$ 20,3 bilhões, enquanto a classe C contribuiu com R$ 17,3 bilhões. A Região Sudeste concentrou 46% dos gastos, seguida pelo Nordeste com 28%. Já a Região Norte apresentou o menor percentual, com 5%.

De acordo com a pesquisa, 38% dos entrevistados afirmaram que os gastos têm um impacto muito grande no orçamento doméstico, enquanto 47% apontaram algum impacto. Apenas 15% declararam que as compras escolares não afetam suas finanças. Entre as famílias da classe C, o impacto foi ainda mais significativo, com 95% reportando efeitos no orçamento.

João Paulo Cunha, diretor de Pesquisa do Instituto Locomotiva, destaca que o impacto é sentido tanto por famílias com filhos em escolas públicas quanto privadas. Ele enfatiza:
"Muita gente acha que pais com filhos em escolas públicas, por teoricamente receberem o uniforme e o material, não têm gastos. Mas a realidade é diferente. Praticamente todos precisam complementar parte do material escolar ou uniforme, gerando um peso no orçamento."

Parcelamento e formas de pagamento

Diante dos desafios financeiros, 35% dos entrevistados planejam parcelar as compras para o ano letivo de 2025. Esse índice sobe para 39% entre as famílias da classe C. No entanto, a maioria, 65%, pretende pagar à vista, sendo que entre as classes A e B essa taxa chega a 71%.

Custos crescentes dos materiais escolares

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), os aumentos nos preços refletem fatores como inflação, custos de produção, alta do dólar e preços elevados de frete marítimo. Muitos itens das listas escolares, como mochilas e estojos, são importados, o que torna os custos ainda mais altos.

Sidnei Bergamaschi, presidente executivo da ABFIAE, explica:
"Os itens que compõem a lista escolar, vários deles são importados. Quando você pega um período com dólar mais alto ou frete marítimo mais caro, o impacto no custo sempre recai sobre o consumidor."

Propostas para redução de custos

A ABFIAE defende iniciativas como o Programa Material Escolar, que oferece crédito a estudantes da rede pública para a compra de materiais. Essa iniciativa já funciona no Distrito Federal e em cidades como São Paulo e Foz do Iguaçu. Além disso, a entidade pleiteia a redução de impostos sobre produtos escolares, que atualmente podem representar até 50% do preço final.

Segundo Bergamaschi:
"Propusemos na reforma tributária que esses itens fossem enquadrados junto com outros que tiveram redução de impostos, pois os tributos representam uma fatia significativa do custo dos materiais escolares."

Demanda crescente e priorização de itens essenciais

O estudo revelou que 90% dos responsáveis por estudantes de escolas públicas e 96% de escolas privadas planejam adquirir materiais escolares para 2025. Os itens mais procurados incluem materiais básicos (87%), uniformes (72%) e livros didáticos (71%).

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