Vale do Aço concentra maioria dos 269 casos de febre oropouche registrados em Minas Gerais

Minas Gerais registrou 269 casos confirmados de febre oropouche até o dia 1º de janeiro, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O município de Joanésia, na região do Vale do Aço, concentra o maior número de diagnósticos positivos, totalizando 140 infectados. Além disso, a maior parte dos casos está localizada no Vale do Aço, área que se destacou como principal foco da doença no estado.

Distribuição dos casos em Minas Gerais

Os números revelam uma concentração expressiva no Vale do Aço, mas outros municípios também apresentam registros. Confira a distribuição dos casos confirmados:

• Joanésia: 140 casos
• Piau: 74 casos
• Coronel Fabriciano: 30 casos
• Timóteo: 15 casos
• Ipatinga: 3 casos
• Congonhas, Coroaci, Gonzaga, Bom Jardim de Minas, Coronel Pacheco, Juiz de Fora e Tabuleiro: 1 caso cada

Em Belo Horizonte, três casos foram identificados em laboratórios privados, sendo pacientes residentes de Botuverá, Santa Catarina. Esses casos foram notificados ao governo catarinense.

O que é a febre oropouche?

A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus transmitido por artrópodes, sendo o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, o principal vetor. Outros mosquitos, como o Culex quinquefasciatus (pernilongo comum), também podem transmitir o vírus.

Os ciclos de transmissão da febre oropouche dividem-se em dois:

• Ciclo silvestre: Animais como bichos-preguiça e macacos atuam como hospedeiros do vírus, e mosquitos silvestres, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, contribuem para a disseminação.
• Ciclo urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros e o mosquito Culicoides paraensis o principal vetor, seguido pelo Culex quinquefasciatus.

Os sintomas da doença são similares aos da dengue e chikungunya, incluindo dores musculares, articulares, dor de cabeça, náuseas e diarreia.

Tratamento e medidas preventivas

Atualmente, não existe um tratamento específico para a febre oropouche. O manejo é sintomático, com recomendação de repouso e acompanhamento médico.

Para prevenir a doença, recomenda-se:

• Evitar áreas com alta concentração de mosquitos.
• Utilizar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente.
• Instalar telas de proteção em portas e janelas.
• Remover possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
• Em regiões com casos confirmados, seguir orientações específicas das autoridades locais de saúde.

Ao apresentar sintomas suspeitos, é essencial procurar assistência médica imediatamente e informar possíveis exposições ao vírus.

A febre oropouche tem despertado preocupação, especialmente no Vale do Aço, que se consolida como área de maior risco em Minas Gerais. Autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção e monitoramento para conter a propagação da doença.