Surto de intoxicação por Maré Vermelha afeta centenas no Nordeste

Recentemente, os estados de Alagoas e Pernambuco registraram um alarmante número de casos de intoxicação atribuídos à maré vermelha, um fenômeno natural marcado pelo crescimento acelerado de algas no mar. Este evento não só impactou a saúde pública, mas também chamou a atenção para a necessidade de monitoramento ambiental contínuo e medidas de prevenção.

Situação em Alagoas

Em Alagoas, após a confirmação de mais de 200 casos de intoxicação ligados à maré vermelha, o Instituto de Meio Ambiente do estado (IMA) conduziu inspeções visuais e coletas de amostras em várias praias, particularmente no litoral norte, onde a incidência foi mais significativa. Ainda que novos focos do fenômeno não tenham sido visualmente identificados, amostras de água continuam sob análise para uma avaliação mais precisa.

Impacto em Pernambuco

Pernambuco, por outro lado, enfrentou situação semelhante, especialmente em seu litoral sul. A Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco (SES) e equipes locais de saúde documentaram mais de 270 casos de pessoas, incluindo banhistas e surfistas, que necessitaram de assistência médica devido a sintomas de intoxicação. Esses dados preliminares apontam para uma preocupação crescente com a saúde pública e a segurança ambiental na região.

Medidas de Prevenção e Conscientização

Ambos os estados têm adotado medidas para informar e proteger a população, incluindo a divulgação de orientações para evitar áreas afetadas e sinais indicativos de novos surtos, como o odor e a coloração alterada da água do mar. A SES de Pernambuco enfatizou a importância do monitoramento constante do fenômeno, dada a possibilidade de novos episódios durante o verão.

Entendendo a Maré Vermelha

A maré vermelha é causada por um aumento desproporcional na população de algas, algumas das quais podem ser tóxicas. Este fenômeno pode ser desencadeado por vários fatores ambientais, incluindo o aumento da temperatura da água, salinidade e a presença excessiva de nutrientes. A situação é agravada pela contaminação das águas costeiras por esgoto doméstico, contribuindo para a duração e intensidade do fenômeno.