Casos de febre amarela aumentam em Minas Gerais e mais três estados, alerta Ministério da Saúde
São Paulo lidera número de infecções; Ministério da Saúde amplia envio de doses e orienta viajantes
Por Plox
03/02/2025 13h46 - Atualizado há cerca de 1 mês
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. O período sazonal da doença, que se estende de dezembro a maio, tem exigido a intensificação das ações de vigilância epidemiológica e imunização em áreas de risco.

São Paulo registra maior número de casos
Segundo o Ministério, o estado de São Paulo concentra a maioria dos casos confirmados até o momento. Para conter o avanço da doença, o governo federal decidiu ampliar o envio de vacinas, garantindo a imunização da população. No total, dois milhões de doses do imunizante foram destinadas ao estado até o início de fevereiro, sendo 800 mil doses extras.
O envio foi definido durante uma reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), realizada na última quarta-feira (29). O Ministério reforçou que essas doses garantem o abastecimento da vacina contra a febre amarela no estado.
Além disso, a pasta tem apoiado a investigação de casos suspeitos e confirmados, com atenção especial ao município de Ribeirão Preto. Para fortalecer a estratégia de contenção da doença, técnicos do Ministério da Saúde devem participar, nesta semana, de uma reunião em Campinas, junto a profissionais de saúde da região.
Estoque nacional de vacinas e distribuição
O Ministério da Saúde afirmou que o estoque de vacinas contra a febre amarela está regular, e os envios seguem conforme a demanda dos estados. Em 2024, foram distribuídas 20.882.790 doses do imunizante, enquanto, em 2025, já foram enviadas 3.201.800 doses.
Recomendações para viajantes
Pessoas que planejam viajar para áreas de transmissão da febre amarela ou para regiões rurais e de mata devem conferir se estão imunizadas. Segundo o governo:
- Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem.
As mesmas recomendações se aplicam para:
- Residentes de áreas com circulação do vírus ou regiões rurais;
- Populações ribeirinhas e comunidades próximas a parques e unidades de conservação;
- Trabalhadores rurais, agropecuários, extrativistas e profissionais do meio ambiente;
- Indivíduos que tenham exposição esporádica a áreas de risco.
Esquema de vacinação
A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenção contra a doença e faz parte do calendário básico de imunização. O esquema de vacinação é o seguinte:
- Crianças: Primeira dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos;
- Adultos (5 a 59 anos): Dose única caso ainda não tenham sido imunizados.
Além disso, há orientações especiais para grupos específicos:
- Viajantes: Quem recebeu a dose fracionada em 2018 e vai para áreas de risco deve tomar uma dose adicional;
- Crianças entre 6 e 8 meses: A chamada dose zero é aplicada apenas para bebês que vivem ou viajarão para regiões com circulação confirmada do vírus;
- Idosos (60 anos ou mais): Devem passar por avaliação médica antes da vacinação, considerando riscos individuais.
Medidas preventivas e sintomas
Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda medidas de proteção individual contra a febre amarela, como:
- Uso de calças e camisas de manga longa;
- Uso de sapatos fechados;
- Aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo.
O governo reforça que os mosquitos transmissores da febre amarela têm hábitos diurnos, por isso os cuidados devem ser mantidos ao longo do dia.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a recomendação é buscar atendimento médico imediato e informar sobre viagens recentes para áreas de risco.