Geração de energia e turismo são retomados com recuperação da represa de Furnas
Reservatório atinge a Cota 762, garantindo condições para atividades econômicas e ambientais na região.
Por Plox
03/02/2025 17h13 - Atualizado há cerca de 2 meses
A represa de Furnas, no Sul de Minas, voltou a registrar seu nível mínimo necessário para geração de energia e turismo. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), na noite do último sábado (1º), o reservatório atingiu a Cota 762, que corresponde a 762 metros acima do nível do mar. Com essa recuperação, os municípios da região podem retomar diversas atividades dependentes do lago, como a pesca, a piscicultura e esportes aquáticos.

Impactos da seca histórica
A última vez que Furnas havia alcançado esse nível foi em 17 de agosto de 2024. Entretanto, em novembro, o lago registrou um volume útil inferior a 30%, o menor desde dezembro de 2021. Essa situação crítica foi consequência da pior seca dos últimos 74 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que afetou os reservatórios em todo o país.
Medidas emergenciais para contenção da crise
Diante do agravamento da crise hídrica, o Ministério de Minas e Energia priorizou, durante o período crítico, a produção de energia no Norte do Brasil. Além disso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) implementou, em 2 de dezembro, duas resoluções para restringir a vazão de água de importantes reservatórios. As restrições afetaram diretamente as usinas hidrelétricas de Furnas e Mascarenhas de Moraes, no rio Grande, em Minas Gerais, além de Emborcação e Itumbiara, no rio Paranaíba, em Goiás.
Agora, com a recuperação do nível da represa, a expectativa é que o setor turístico e as atividades econômicas locais voltem a se fortalecer, aproveitando a estabilidade do reservatório.