Tedros Adhanom pede pressão internacional para manter EUA na OMS

Diretor da OMS alerta para impacto da saída dos Estados Unidos e riscos para crises globais de saúde

Por Plox

03/02/2025 11h24 - Atualizado há cerca de 2 meses

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, defende que países ao redor do mundo intensifiquem a pressão sobre os Estados Unidos para que o governo de Donald Trump reveja sua decisão de deixar a entidade. Em uma reunião fechada com diplomatas na semana passada, Adhanom alertou que a saída norte-americana pode comprometer o acesso a informações cruciais sobre surtos globais de doenças.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde. Foto: divulgação/ OMS

Impacto financeiro e ameaça a operações

Os Estados Unidos são o maior doador da OMS e, para o biênio 2024-2025, a previsão era de um investimento de aproximadamente 988 milhões de dólares (cerca de R$ 5,8 bilhões). Esse valor representa cerca de 14% do orçamento total da organização e é fundamental para a manutenção de diversas operações emergenciais. Um relatório apresentado na reunião destacou que o financiamento norte-americano é responsável por até 40% das atividades da OMS em crises de grande escala.

Regiões em risco e programas afetados

A possível retirada dos EUA coloca em risco respostas humanitárias essenciais em regiões como Oriente Médio, Ucrânia e Sudão. Além disso, programas globais de erradicação da poliomielite e do HIV podem sofrer perdas de centenas de milhões de dólares, comprometendo anos de avanços na saúde pública.

Busca por alternativas

Diante da iminente saída dos Estados Unidos, representantes internacionais pediram esclarecimentos sobre como a OMS pretende lidar com a perda de seu principal doador. A preocupação central é garantir a continuidade das operações e evitar um colapso nas iniciativas que dependem fortemente do financiamento norte-americano.

A decisão de Trump de retirar o país da OMS tem gerado debates intensos e forte oposição de setores diplomáticos e da comunidade global de saúde, que temem os impactos dessa medida para a segurança sanitária mundial.

 

 

 

 

 

 

 

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