Advogados do PT e PL prometem recorrer caso TRE-PR rejeite cassação de Moro
Continuação do processo no TRE-PR gera debate sobre abuso de poder econômico na campanha
Por Plox
03/04/2024 19h35 - Atualizado há 4 meses
O processo que pode determinar a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) foi retomado nesta quarta-feira, 3, com poucas chances de conclusão sem recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo advogados das partes acusadoras. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) suspendeu temporariamente o julgamento, que tem previsão de retomada na segunda-feira, 8, após um empate no placar de votos e um pedido de vista da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani.
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Argumentos e posições
- Acusações: O foco das acusações contra Moro é o suposto abuso de poder econômico durante a pré-campanha, onde ele se apresentou como possível candidato à presidência antes de concorrer ao Senado.
- Defesa de Moro: Na abertura do julgamento, o relator desembargador Luciano Carrasco Falavinha votou pela não cassação, alegando falta de provas de abuso, caixa 2 ou corrupção.
- Divergência: Já o desembargador José Rodrigo Sade apontou para um "patente abuso", mencionando a quebra da igualdade no pleito, o que poderia comprometer a integridade da eleição.
Perspectivas e impacto
Os representantes legais do PT, Luiz Eduardo Peccinin, e do PL, Bruno Cristaldi e Marcelo Demanto, asseguram que levarão o caso ao TSE se Moro for inocentado no TRE-PR. Eles argumentam que o julgamento atual pode estabelecer um precedente significativo para futuras campanhas eleitorais, enfatizando a gravidade da conduta em questão.
A continuidade do processo, que aguarda os votos de mais juízes, poderá estender a decisão até maio, conforme estimativas do TRE-PR. Independente do resultado nesta instância, Sérgio Moro permanecerá em seu posto até uma decisão final do TSE.