Cleitinho cogita candidatura ao governo de Minas e critica articulações da direita
Senador diz que está preparado para disputar eleições de 2026, mas afirma que decisão será tomada apenas após a virada do ano; possível apoio a Nikolas Ferreira não está descartado
Por Plox
03/04/2025 10h11 - Atualizado há cerca de 1 mês
Com mandato de senador garantido por mais cinco anos, Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) revelou estar avaliando a possibilidade de concorrer ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. Em entrevista ao Café com Política, do jornal O TEMPO, o parlamentar afirmou que espera um sinal divino antes de tomar qualquer decisão definitiva.

As manifestações de apoio que recebe por meio de mensagens no WhatsApp e interações em redes sociais têm funcionado como incentivo. Embora ainda evite qualquer articulação formal com o partido ou aliados, ele não descarta a candidatura: “Se o povo achar que eu devo ser candidato a governador, vocês podem ter certeza que eu estou muito bem preparado”, declarou.
Cleitinho afirmou que pretende esperar até a virada do ano para começar a discutir o cenário eleitoral com lideranças políticas. Até lá, diz manter diálogo apenas com a população e com Deus. Ele também comentou que, caso o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) se apresente como o nome mais forte da direita mineira, está disposto a abrir mão de sua própria candidatura para apoiá-lo.
“A gente pode conversar e se organizar, eu e ele. Como a gente é próximo, não tem sentido sairmos os dois candidatos. Se ele quiser ser candidato e estiver preparado, eu apoio. E se for o contrário, espero o apoio dele também”, afirmou. Sobre a possibilidade de ambos formarem uma chapa, Cleitinho foi direto: “Acho desnecessário. Se ele vier candidato, posso apoiá-lo, né? Se eu for, ele me apoia. É natural”.
Além de Nikolas, o senador também comentou sobre o vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), que é apontado como o nome da situação para disputar o cargo com o apoio do governador Romeu Zema. Embora não descarte apoiar Simões, Cleitinho questiona a postura do vice: “Ele fala em união da direita, mas será que ele abriria mão da candidatura se eu ou Nikolas estivermos na frente das pesquisas? Cadê a humildade que ele cobra dos outros?”, alfinetou.
Outro fator que o motiva a considerar a mudança de Brasília para o Palácio Tiradentes é a frustração com a lentidão do Senado. Ele citou como exemplo o pedido de vista do senador Sérgio Moro (União Brasil) que travou a votação de seu projeto sobre o porte de arma para advogados. Também lembrou da proposta de isenção do IPVA para veículos com mais de 20 anos, que teve tramitação interrompida na Câmara.
“Uma das coisas que me incentiva a sair como governador é isso. Aqui a produtividade é quase zero. Como governador eu terei mais poder de ação para combater tanta injustiça”, declarou.
O senador não definiu prazos específicos para sua decisão, mas reiterou que o povo e sua fé serão determinantes. Até lá, seguirá ouvindo seus eleitores pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.