Cleitinho cogita disputar governo de MG em 2026 e mira apoio popular
Senador diz estar preparado para candidatura ao governo de Minas, mas só decidirá após o fim do ano; Nikolas Ferreira pode ser alternativa apoiada
Por Plox
03/04/2025 10h13 - Atualizado há 3 meses
Apesar de ainda não ter oficializado sua decisão, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) afirmou estar preparado para concorrer ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. Em entrevista concedida ao programa Café com Política, o parlamentar deixou claro que aguardará o início do próximo ano para iniciar as conversas com partidos e aliados sobre uma eventual candidatura.

Segundo Cleitinho, os pedidos que recebe diariamente por meio do WhatsApp e das redes sociais são fatores que influenciam diretamente sua reflexão. No entanto, ele diz que a decisão final será tomada com base em sua fé e no desejo popular: \"Se o povo achar que eu devo ser candidato a governador, vocês podem ter certeza que eu estou muito bem preparado\", afirmou.
Enquanto partidos já se articulam para definir seus rumos até agosto, Cleitinho prefere manter distância das tratativas por ora. Ele garantiu que não iniciou conversas nem com o Republicanos, tampouco com outras legendas, afirmando que, por enquanto, dialoga apenas com a população e com Deus.
A possibilidade de enfrentar nomes como o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD) não o intimida. Ainda assim, Cleitinho manifestou disposição para abrir mão da disputa, caso o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) apareça como principal nome da direita. \"Se ele achar que está preparado e o povo mineiro concordar, não tenho problema nenhum em apoiá-lo\", declarou, ressaltando que uma chapa formada pelos dois é improvável.
Por outro lado, ele também comentou sobre uma eventual aliança com Mateus Simões, mas questionou a postura do vice-governador quanto à união da direita. Para Cleitinho, falta humildade a Simões. \"Ele fala que a direita tem que se unir, mas será que ele abriria mão da candidatura se eu ou Nikolas estivermos liderando? Essa união é só para ele?\", provocou.
Outro fator que pode pesar na decisão de Cleitinho é sua insatisfação com o ritmo de trabalho no Senado Federal. Um exemplo citado foi o pedido de vista do senador Sérgio Moro (União Brasil), que barrou a votação de seu projeto que buscava permitir o porte de armas para advogados. A situação gerou incômodo e serviu como argumento para criticar a baixa produtividade da Casa.
Além disso, mencionou a lentidão da tramitação de sua proposta de emenda à Constituição que concede isenção de IPVA a veículos com mais de 20 anos. \"Aqui a produtividade é quase zero. Você depende de quase tudo. Como governador, eu terei mais poder de ação para combater tanta injustiça\", disparou.
Dessa forma, mesmo sem bater o martelo, Cleitinho se coloca como uma peça importante no tabuleiro político mineiro para 2026. Seja como candidato ou apoiador, promete estar no centro do debate sucessório do Estado.