Zema recua e revoga aumento de ICMS sobre importados em Minas
Vice-governador Mateus Simões afirmou que o cenário econômico atual não permite elevação da carga tributária
Por Plox
03/04/2025 08h00 - Atualizado há 3 meses
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), se pronunciou nesta quarta-feira (2) sobre a decisão do governador Romeu Zema (Novo) de revogar o aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aplicado a produtos importados.

Inicialmente, Minas estava entre os dez estados brasileiros que haviam decidido elevar a alíquota de 17% para 20%. A medida, porém, foi revertida no próprio dia em que entrou em vigor, após críticas e análises do cenário econômico atual.
Segundo Simões, o momento vivido pelo país não comporta um reajuste na carga tributária. Ele reforçou que, embora haja preocupações legítimas em relação à entrada de produtos importados no mercado nacional, a atual situação econômica da população não favorece esse tipo de medida.
“O governador Romeu Zema historicamente se posiciona contra aumentos de impostos, e é necessário tentar evitar que eles aconteçam. O Brasil enfrenta um período de aperto econômico, com preços descontrolados sob a gestão do governo federal. Não é o momento ideal para onerar ainda mais o cidadão”, declarou o vice-governador.
Para Mateus Simões, a suspensão do reajuste do ICMS sobre os importados beneficia tanto os consumidores quanto o setor empresarial mineiro. De acordo com ele, a medida evita o aumento no custo de vida e garante maior poder de compra à população, o que, por consequência, fortalece o comércio local.
“É fundamental que se compreenda a importância de não elevar os custos para as pessoas. Esse é um compromisso assumido pelo governador. Quando o consumidor precisa gastar mais com tributos, sobra menos dinheiro para o consumo, e isso prejudica não apenas as famílias, mas também as empresas que dependem desse consumo para sobreviver”, explicou.
O recuo de Zema evidencia a sensibilidade do governo estadual diante do impacto que medidas fiscais podem ter no bolso da população e no equilíbrio econômico das empresas mineiras.
A decisão, embora repentina, foi recebida como uma sinalização de que o Executivo mineiro está atento às necessidades e limitações impostas pela atual conjuntura econômica do país.