Tragédia em UPA paulistana: demora no atendimento contribui para morte de menino de 4 anos

Atendimento questionado: família relata série de falhas durante emergência médica

Por Plox

03/05/2024 14h31 - Atualizado há 8 meses

Um menino autista de quatro anos faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ermelino Matarazzo, situada na Zona Leste de São Paulo, na última quinta-feira. Segundo relatos da família, o atendimento demorado e repleto de falhas contribuiu para o desfecho fatal.

Heitor, como foi identificado posteriormente, visitou a UPA por três vezes devido a sintomas que sugeriam dengue. Contudo, em sua primeira visita, não foram realizados os exames apropriados. Uma médica o diagnosticou com uma inflamação na garganta e prescreveu um antibiótico, sem considerar a possibilidade de dengue.

O estado de saúde do menino piorou, levando a família a retornar à unidade de saúde. Somente então foi realizado o teste para dengue, que resultou positivo. Após receber medicação venosa, Heitor apresentou uma piora significativa. Os pais, ao perceberem que o filho começava a ficar roxo, buscaram ajuda médica imediata, mas encontraram dificuldades. Um médico, ocupado com outro paciente, informou que não poderia intervir naquele momento.

Desesperados, os pais invadiram uma sala de atendimento médico, alertando sobre a gravidade do estado de Heitor. Apesar dos esforços de pelo menos cinco médicos que tentaram reanimá-lo, o menino não resistiu.

Em decorrência do incidente, os familiares registraram um boletim de ocorrência no 64º Distrito Policial. A prefeitura de São Paulo expressou indignação com o ocorrido e prometeu uma investigação rigorosa sobre o atendimento prestado. Em nota, a administração municipal lamentou profundamente o ocorrido e se colocou à disposição da família para o que fosse necessário.

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