Conhecida como 'RH' do Comando Vermelho, maranhense é presa no RJ após debochar da polícia
Bianca Duarte Franco, de 24 anos, foi capturada em Cabo Frio após exibir nas redes sociais armas e desprezo pela Justiça
Por Plox
03/05/2025 18h21 - Atualizado há cerca de 7 horas
Bianca Duarte Franco, de 24 anos, que ficou conhecida no mundo do crime como Anya, foi presa nesta sexta-feira (2) em Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro. Natural do Maranhão, a jovem é apontada pela polícia como responsável por cadastrar integrantes do Comando Vermelho no Pará, desempenhando uma função comparável à de uma diretora de Recursos Humanos dentro da facção criminosa.

Dias antes de ser localizada, Bianca usou suas redes sociais para ironizar a possibilidade de prisão. Ao receber uma mensagem alertando que estava sendo procurada pela polícia do Pará, ela respondeu com deboche: \"O mundo é dos espertos\". Essa mesma frase foi usada pelo delegado Gustavo Fossati, da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas da Polícia Civil do Pará, ao confrontá-la no momento da prisão. Quando questionada se sabia o motivo da detenção e respondeu que não, ouviu de volta a própria provocação publicada nas redes.

Além de ser suspeita de integrar uma organização criminosa, Bianca também enfrenta acusações de tráfico de drogas e associação ao tráfico. A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre as forças de segurança do Pará e do Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, Bianca gostava de ostentar armas e chegou a postar vídeos em que aparecia dançando com um fuzil em mãos, em cenas gravadas na comunidade da Penha, na Zona Norte carioca. Em outra gravação, reagia de forma agressiva contra pessoas que estariam compartilhando prints com imagens suas armadas.

Durante a abordagem policial, Bianca demonstrou surpresa ao perceber que havia sido localizada. \"Você vai ficar me gravando? Pelo amor de Deus...\", disse a jovem, sem acreditar que havia sido superada pela polícia.
"Hoje o Comando Vermelho busca o domínio territorial e isso vai muito além do tráfico de drogas. No Pará, temos um grave problema com essa facção. Aqui no Rio de Janeiro, isso já acontece há anos: eles cobram taxas altíssimas de comerciantes para que possam desenvolver suas atividades. Isso virou um problema nacional", disse o delegado Gustavo Fossati.