Morte encefálica: entenda o que levou à morte da atriz mirim Millena Brandão
Atriz do SBT, Millena Brandão, de 11 anos, morreu após descoberta de tumor cerebral; condição de morte encefálica foi confirmada por hospital
Por Plox
03/05/2025 13h48 - Atualizado há cerca de 13 horas
A morte da atriz mirim Millena Brandão, de apenas 11 anos, foi confirmada nesta sexta-feira (2), em São Paulo, após o diagnóstico de um tumor cerebral. Segundo nota divulgada pelo hospital, a jovem teve morte encefálica.

A condição, também chamada de morte cerebral, é definida pela perda completa e irreversível das funções do cérebro. Embora o coração possa continuar batendo por um tempo, a ausência da atividade cerebral implica na perda das funções vitais controladas pelo órgão. Isso faz com que, inevitavelmente, o óbito da pessoa seja constatado.
Millena, que atuava no SBT, chegou a receber diagnóstico inicial de dengue antes da descoberta do tumor que afetava seu sistema nervoso central. O quadro evoluiu rapidamente, culminando na morte encefálica.
Os neurônios, que são as células responsáveis pela atividade cerebral, dependem do fluxo contínuo de oxigênio e glicose, fornecidos pelo sangue. Quando esse fornecimento é interrompido por qualquer motivo, como ocorre em paradas cardiorrespiratórias ou AVCs, as funções cerebrais podem ser comprometidas de forma irreversível.
Entre as principais causas conhecidas da morte encefálica, especialistas citam:
- Traumas cranianos severos;
- Tumores cerebrais;
- Paradas cardiorrespiratórias;
- Doenças infecciosas que afetam o sistema nervoso central;
- Acidentes vasculares cerebrais (AVC).
No Brasil, o protocolo de declaração de morte encefálica é um dos mais rigorosos do mundo, conforme a resolução n.º 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Dois médicos devem realizar avaliações clínicas em horários diferentes para detectar a ausência de reflexos do tronco encefálico, como o controle da respiração. Além disso, exames complementares, como o eletroencefalograma ou tomografia, são exigidos para a confirmação do diagnóstico.
Essa série de medidas garante precisão no reconhecimento da condição e permite à equipe médica atuar com segurança nos procedimentos subsequentes.