Zema cobra CPI após demissão de Lupi e dispara contra governo Lula

Governador de Minas volta a criticar gestão petista após escândalo bilionário de fraudes no INSS

Por Plox

03/05/2025 10h55 - Atualizado há cerca de 15 horas

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se pronunciou nesta sexta-feira (2) sobre a saída de Carlos Lupi (PDT) do comando do Ministério da Previdência Social, em meio ao escândalo de fraudes no INSS. O chefe do Executivo mineiro utilizou suas redes sociais para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e voltou a criticar duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Imagem Foto: Presidência


Zema questionou o fato de apenas um ministro ter deixado o cargo após o escândalo, que envolve o desvio de mais de R$ 6 bilhões dos cofres públicos. “Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez a corrupção mostra sua cara no governo do PT”, escreveu.


Além disso, ele reforçou o pedido por apuração rigorosa: “Queremos CPI, investigação sem blindagem e cadeia para quem roubou. Roubar aposentado é covardia. Proteger ‘companheiro’ corrupto é cumplicidade”, afirmou o governador.



A saída de Lupi ocorreu após uma reunião reservada com o presidente Lula. O ministro estava sendo pressionado desde que o caso das fraudes veio à tona, sendo acusado pela oposição de ter se omitido diante das denúncias. Apesar das críticas, Lupi negou envolvimento ou negligência e afirmou, durante audiência na Câmara na última terça-feira (29), que a operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) só foi possível após ele ter determinado uma auditoria no órgão em 2024.


Em nota divulgada em suas redes sociais, Carlos Lupi declarou confiar nas investigações e disse esperar que os responsáveis sejam identificados e punidos com rigor. Ele também se comprometeu a continuar colaborando com o governo federal.



“Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente”, afirmou o ex-ministro.



O caso segue em investigação pelas autoridades federais, enquanto os desdobramentos políticos continuam intensos em Brasília.


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