"A Luta de um Guerreiro Contra o Câncer"

Em meio ao ritmo frenético da capital mineira, Belo Horizonte, uma história de luta e perseverança toma forma. Cristiano Guerra, um profissional de TI de 39 anos, tem combatido bravamente o carcinoma de células escamosas, um tipo de câncer que começou a se manifestar há pouco mais de um ano, em junho de 2022.

O Início do Combate

No começo, Cristiano notou um inchaço persistente em seu pênis, o que o levou a buscar a opinião de um urologista. Após a realização de uma biópsia, a dura realidade veio à tona: o diagnóstico de câncer. Cristiano relembra que o impacto foi profundo, sobretudo levando em conta que sua esposa tinha recentemente perdido a mãe para o câncer de útero. Para eles, foi um golpe pesado e, ao mesmo tempo, um despertar para a batalha que viria pela frente.

O casal, casado há uma década, enfrentou outra dura realidade: a interrupção de seu sonho de ter um filho biológico. A vida de Cristiano transformou-se em uma corrida contra o tempo, uma 'guerra' pela vida, conforme evoca seu próprio sobrenome.

As Batalhas ao Longo do Caminho

A primeira tentativa de contenção da doença foi por meio de uma cirurgia em agosto de 2022. Porém, não foi suficiente. A necessidade de uma segunda intervenção cirúrgica requeria uma diminuição do tamanho dos linfonodos através da quimioterapia, tratamento que infelizmente não surtiu efeito. O câncer progrediu, resultando em uma metástase pulmonar.

A luta prosseguiu com sessões de quimioterapia e radioterapia, mas o câncer continuou avançando, chegando a atingir um dos rins do jovem. Diante disso, as opções convencionais de tratamento se esgotaram. Cristiano relata que "tecnicamente, pelo protocolo da minha doença - que é muito antigo e é o protocolo que o plano cobre - eu não tenho mais nenhum tratamento viável a ser feito".

A Esperança na Imunoterapia

Com a orientação de profissionais da saúde, Cristiano descobriu a imunoterapia, um tratamento inovador já aprovado para certos tipos de câncer, mas ainda não autorizado no Brasil para o carcinoma de células escamosas. O tratamento, no entanto, não é coberto pelo seu plano de saúde. Cristiano explica que existem estudos que comprovam a eficácia da imunoterapia para seu caso, mas ele teria que arcar com os custos da medicação e da aplicação do tratamento.

O custo elevado é um obstáculo, já que tanto a medicação quanto a aplicação ultrapassam R$ 100 mil. "Preciso fazer, pelo menos, dois ciclos (R$ 60 mil reais cada um) para ver se o meu câncer responde à imunoterapia e, assim, consigo pleitear junto ao plano de saúde que eles cubram os custos do tratamento