A cidade de Uberlândia, conhecida pelo forte cenário esportivo, vivenciou uma situação atípica no último sábado (3). O clássico mineiro entre Cruzeiro e Atlético, realizado no Estádio Municipal Parque do Sabiá, chamou a atenção não só pelas expectativas da partida em si, mas também por questões que envolveram a atuação do Procon, o órgão de defesa do consumidor.

ATUAÇÃO DO PROCON NO ESTÁDIO

Claudir Fernandes Rodrigues, representante do Procon em Uberlândia, relatou a presença da equipe no estádio após o recebimento de diversas denúncias. A equipe foi acionada, e desde cedo iniciou suas atividades de fiscalização para garantir os direitos dos torcedores consumidores.

"Ao recebermos uma denúncia sobre a cobrança de taxa de conveniência na bilheteria, viemos ao local e constatamos que a situação era outra. Identificamos que era cobrada uma taxa adicional de 10% sobre os ingressos adquiridos com cartões de débito ou crédito. No entanto, não havia tabela de preços disponível para consulta", compartilhou Rodrigues.

A recomendação do órgão foi a de que a tabela fosse disponibilizada para os consumidores em no máximo trinta minutos, com indicação clara da diferenciação. "Felizmente, a tabela foi ajustada no prazo indicado e o problema foi solucionado", acrescentou Rodrigues.

COMÉRCIO IRREGULAR DE PRODUTOS

Outro ponto que exigiu atenção do Procon foram denúncias referentes à venda de produtos não licenciados, como camisas, bonés e bandeiras, nas imediações do estádio. Estas ocorrências também foram devidamente averiguadas.

PRESENÇA MASSIVA DE TORCEDORES

A nona rodada do Campeonato Brasileiro marcou o encontro de dois gigantes do futebol mineiro em Uberlândia. O Parque do Sabiá, inaugurado em 1982 e com capacidade atualmente limitada a menos de 40 mil espectadores por questões de segurança, recebeu um total de 37.500 torcedores, com ampla maioria cruzeirense, detentora de 85% dos ingressos vendidos.

O clássico mineiro em Uberlândia foi além das quatro linhas do campo, trazendo à tona questões importantes relacionadas aos direitos do consumidor. A experiência serviu como um alerta para a organização de futuros eventos, reforçando a necessidade de transparência e respeito ao público presente.