Uma luta pela reconstrução de um sonho: A pequena Ana Cecília e sua jornada para usar brincos
O Sistema Único de Saúde (SUS) seria o responsável pela realização do procedimento, mas a pandemia de Covid-19 interrompeu os processos, deixando muitos como Ana em uma espera indefinida.
Por Plox
03/06/2023 07h12 - Atualizado há mais de 1 ano
A metrópole de Belo Horizonte, em seu amplo mosaico de histórias, abriga o relato singular da pequena Ana Cecília, de 10 anos, residente de Santa Luzia, uma cidade da região metropolitana. Ana, que nasceu com uma condição chamada microtia, aguarda ansiosamente por um procedimento médico que possa reconstruir sua orelha direita, malformada devido à sua condição. Seu desejo é simples, mas profundamente significativo: "usar brincos".

Microtia: A condição e a cirurgia
Microtia é uma condição que ocorre durante o período gestacional e impede que a orelha se desenvolva completamente. Devido a isso, Ana Cecília tem aguardado por mais de quatro anos por uma cirurgia de reconstrução auricular.
O Sistema Único de Saúde (SUS) seria o responsável pela realização do procedimento, mas a pandemia de Covid-19 interrompeu os processos, deixando muitos como Ana em uma espera indefinida. Diante desta situação, Tais Panzera, mãe de Ana Cecília, iniciou um movimento para arrecadar os R$ 16 mil necessários para a cirurgia.
A corrida contra o tempo
A urgência da cirurgia se deve à janela ideal de realização do procedimento, que, segundo Tais, seria entre os 7 e 8 anos de idade da criança. "Localizamos um médico-cirurgião plástico que, no mês passado, se comprometeu a realizar a operação até meados de julho deste ano. Mas é um desafio, pois ainda não temos todo o valor necessário”, expressou a mãe, evidenciando a urgência da situação.
A campanha e como colaborar
No momento, a campanha está distante de atingir o valor total para a cirurgia. No final da tarde de sexta-feira, 2 de junho, havia sido arrecadado apenas R$ 3.355,00. Tais Panzera disponibilizou um link para doações e também a opção de contribuição via Pix, através do telefone (31) 9 9303 4498. Ela está aberta a oferecer mais detalhes sobre a cirurgia para aqueles que estão interessados em ajudar.
O sonho de Ana
Ao falar sobre a filha, Tais não consegue esconder a emoção. "É uma menina linda. O sonho dela é usar brincos. E ela sofre com isso. Às vezes, ela volta da escola e diz: “Mamãe, meu colega comentou que eu não tenho uma orelhinha”. Eu preciso ir a reuniões escolares para explicar a condição para outras crianças. Isso impacta muito”, desabafa.
Na cidade de Santa Luzia, o sonho de uma menina e o esforço de uma mãe ressoam, atraindo a atenção para a realidade da microtia e a busca por recursos para uma cirurgia que pode mudar a vida de uma criança.