Zema terá o maior salário entre governadores em 2025

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, receberá mais de R$ 41 mil a partir de fevereiro de 2025, superando os demais chefes de Executivo Estadual no Brasil

Por Plox

03/06/2024 20h19 - Atualizado há cerca de 1 ano

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), terá o maior salário entre os governadores brasileiros a partir de fevereiro de 2025, quando seus vencimentos atingirão R$ 41,8 mil. Este aumento é fruto de um reajuste aprovado no ano passado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que concedeu um incremento de quase 300% nos salários do governador e seus secretários, dividido em três parcelas.

crédito: Governo de Minas/Divulgação

Em 2023, o salário de Zema já havia aumentado de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil e, em 2024, subiu para R$ 39,7 mil. Este reajuste considerável contrasta fortemente com a proposta atual de aumento salarial para os servidores públicos estaduais, de apenas 3,62%.

Comparação com Outros Governadores

Mesmo antes da aplicação da última parcela do reajuste, Zema já se posicionava entre os governadores mais bem pagos do país. Atualmente, ele recebe R$ 39,7 mil mensais, ficando atrás apenas de Fábio Mitidieri (Sergipe), que ganha R$ 41.650,92, e de Gladson Cameli (Acre), com R$ 40.137,69. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), recebe mais de R$ 42 mil mensais, mas este valor inclui seus vencimentos como procuradora do estado.

Reação e Polêmica

O aumento salarial de Zema tem sido um ponto de controvérsia e críticas, principalmente em meio às discussões sobre o reajuste dos servidores públicos estaduais. Parlamentares e servidores têm utilizado o reajuste concedido ao governador como argumento contra a proposta de aumento salarial para o funcionalismo público, que está em tramitação na ALMG. O Projeto de Lei (PL) 2309/2024 prevê um aumento de 3,62% para os servidores, inferior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,62% registrado no ano passado.

Tramitação e Impasse no Legislativo

A proposta de reajuste aos servidores começou a tramitar na Assembleia em 14 de maio, enfrentando obstáculos nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Administração Pública (APU) e Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). A votação em plenário teve início em 29 de maio, mas foi interrompida devido a uma manobra da base governista, que suspendeu a sessão antes da apreciação das emendas propostas pelos parlamentares contrários ao projeto original.

Entre as emendas, destaca-se a proposta que autoriza um reajuste de 10,67% aos servidores, correspondente à inflação acumulada dos últimos dois anos. A votação das emendas foi adiada para a semana seguinte, prolongando o impasse e as negociações em torno do reajuste salarial no estado.

Destaques